O ano é 2004.
O lugar é o MuBE, em São Paulo.
A música é a Sonata em Dó menor, de Mozart.
Quando, onde, e o quê.
O diferencial de qualquer “quando, onde, e o quê” normal é que logo no começo desse recital a energia elétrica foi interrompida por não sei qual motivo, e tudo ficou escuro feito breu. O que eu fiz? Nada, continuei tocando como se nada tivesse acontecido e nunca na minha vida fui tão aplaudido como dessa vez.
Bem, essa última frase é mentira.
Quando as luzes se apagaram, parei de tocar.
Então, veja bem, só estou falando isso porque quando digo que se deve evitar olhar para o teclado ao aprender a ler e executar partituras, não é porque eu acho que você deve aprender a tocar no escuro. A não ser que “tocar no escuro” seja uma figura de linguagem pra tocar sem olhar para o teclado.
O benefício de aprender a tocar olhando somente para a partitura é duplo:
1) Desenvolve a agilidade de leitura
Já que não existe a etapa adicional de ler, OLHAR, e tocar…
Mas apenas ler e tocar.
2) Desenvolve o ouvido
Por tirar a etapa do “OLHAR”, quem vai dizer que tudo está indo bem?
Seu ouvido.
E, adivinha, é mágico o efeito de estimular o ouvido a participar.
Assim evitamos que olhos e imaginação sejam os maestros.
Esse é um passo importante pra tocar piano na realidade e não apenas na cabeça.
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