* O pedal de sustentação (o da direita) “sustenta” as notas tocadas mesmo depois de tirarmos os dedos das teclas.
* No piano acústico, isso acontece porque o trabalho do pedal é retirar o abafador que “prende” as notas (isso significa que de fato o pedal de sustentação não sustenta nada, ele apenas evita que as cordas sejam abafadas, permitindo que soem até que a entropia faça seu trabalho).
* O principal efeito é aguar o som.
* Com “aguar” eu quero dizer que há uma mistura de som, deixando tudo menos identificável.
* Iniciantes/intermediários normalmente ficam deslumbrados com esse pedal e o usam pra tudo.
* Isso acabará por disfarçar inabilidades e dificuldades.
* Quem utiliza muito pedal, acaba adquirindo a “doença do pedal”: só consegue apreciar as músicas executadas com muito pedal.
* Normalmente o uso do pedal segue uma lógica harmônica (a regra mais simples estará logo mais abaixo).
* Também existe um uso de acordo com o ambiente (já falei disso em outro texto).
* A regra mais simples para repisá-lo é a cada troca de harmonia ou de região harmônica.
* Uma pista pra essa “troca de harmonia” é a mudança das notas mais graves.
* Agora o maior segredo do universo sobre esse pedal de sustentação: ele deve ser pisado um pouquinho depois do trecho que você pretende sustentar. Digamos que você está tocando uma música que começa com algo em Dó Maior, depois disso vai para um trecho que está em Sol Maior. Um pouquinho depois que você começa esse Sol Maior é que você deve soltar o pedal e pisá-lo novamente. Não é antes, não é ao mesmo tempo, nem é beeem depois… é um pouquinho (bem pouquinho) depois. Com essa informação vocês mesmos já conseguem criar exercícios pra treinar a troca de pedal. De nada.
(Nota: Se você é um estudante intermediário de piano e sente que está empacado no aprendizado, faça seu cadastro pra receber o conteúdo Como Criar Exercícios Para Piano! Cadastre-se aqui.)
