A embriaguez musical

Alguns conhecem a divisão que faço entre pão e vinho musical.

Sobre como o pão é necessário pra adquirir a capacidade de produzir vinho.

Vamos resumir:

Pão é o trabalho contínuo, técnico e repetitivo…

É um pouco seco e sem gosto (é possível aprender a apreciá-lo).

Vinho musical é o estudo de como a música age no ouvinte, é entender sua expressividade, entender como a parte mecânica toma vida.

Vinho é saboroso e revelador.

Relevador do quê?

Quem abusa do vinho, ingerindo sem moderação, revela aos outros as consequências simbolizadas nesta lenda judaica:

Quando Noé preparava o terreno pra plantar a primeira vinha, o diabo em pessoa se ofereceu pra ajudá-lo. Noé concordou e passou a tarefa de irrigar o terreno ao coisa-ruim.

O tinhoso, em toda sua maldade, espalhou o sangue de 4 animais no lugar da plantação.

Por isso todos que abusam do vinho viram 4 tipos de animais:

* Cordeiro: sonolentos e inofensivos.

* Leão: irritados e brutais.

* Porco: estúpidos e depravados.

* Macaco: tolos e travessos.

É possível encontrar esses 4 tipos de consequência em cada música.

Ou no caráter do próprio músico.

O músico sem a barriga cheia de pão, não consegue temperar esses efeitos…

E cai na breguice, porque busca somente o efeito, sem entender as causas.

Tive um professor que incluía entre as pré-condições do estudo musical, ter uma personalidade forte. Hoje entendo isso, entre outras coisas, como sendo alguém possuidor de uma personalidade que não se deixe seduzir por esses efeitos da música.

Alguém que saiba as usar e não ser usado por elas.

Quem quiser pode fazer esta experiência:

Escute uma música por vários dias e vá notando como ela movimenta seu mundo interior.

Assim pode-se começar a perceber o que é esse vinho.

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