Os dedos duros e descontrolados eram apenas a ponta do iceberg, não é mesmo?
E quando alguém falava “acorde” e você pensava que era pra abrir os olhos?
E a diferença entre “sustenido” e “bemol”?
E quando “compasso” e “semicolcheia” pareciam física quântica?
E mover as mãos da confortável posição dó-ré-mi-fá-sol para qualquer outra posição que parecia pior do que dar um triplo mortal carpado de costas?
Mas nem só de desconhecimentos técnicos e teóricos vive um iniciante.
Ainda temos nossas falsas opiniões e expectativas.
Um antigo professor sempre me dizia que a virtude dos alunos era a “paciência”.
Eu entendia como a paciência pra escutar o professor.
E a paciência pra praticar sem afobação.
Descobri que essa virtude não acaba aí.
Ainda tem a paciência consigo mesmo.
A paciência pra lidar com os pontos cegos.
A paciência pra reencontrar caminhos.
E a paciência pra nem sempre alcançar as expectativas.
(principalmente as falsas)
Ninguém digita lá no youtube “como tocar a sonata ao luar com paciência”, a gente só quer saber logo as notas, copiando do vídeo, pra tocar e sentir aquele mesmo frio na espinha de quando ouviu aquela música na juventude e, quando isso não dá certo, a gente põe a culpa na falta de dom, na falta de instrumento melhor e a paciência nunca passa pela nossa cabeça.
Quem já passou por essa fase, olha pra trás e fica muito feliz.
Quem ainda está passando por essa fase, pensa que é amaldiçoado.
A maioria desiste ou fica namorando com a desistência.
E é uma pena que não percebem que é as coisas que realmente são valiosas funcionam assim mesmo.
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