Uns postes e uma cerca, ou: Como o Seu Pianismo Precisa de Limites

“Limites, félépí?!? Limites? Mais limitado do que já sou? Não seja cara de pau…”

Calma!

Não estou falando de ser limitado em teoria…

Ou ser limitado tecnicamente…

Estou falando que se você quer vencer os seus limites de habilidade ou de conhecimento, você deve começar impondo a si mesmo um outro tipo de limite. Em primeiro lugar, deve começar parando de desejar tudo que vê. Qualquer videozinho de 30 segundos no instagram já te faz disparar de desejos pelas habilidades demonstradas ali? Uma hora você quer ser o próprio Chopin, outra hora o Horowitz, depois o Lang Lang, depois o Caçulinha do Faustão, depois o Taradão dos Teclados e por aí vai?

Esse desejo todo precisa de limites.

Construa sua cerca e limite seu território.

Mas não é só isso.

O que você vai praticar quando senta no banquinho e coloca as mãos nas teclas?

Simplesmente é impossível praticar tudo ao mesmo tempo.

Principalmente quando sequer sabemos o que é “tudo”.

Mais ainda:

Como encontrar problemas se você não souber o que exatamente está praticando?

É o ritmo?

São as notas?

É o encaixe simultâneo?

É a continuidade?

É a ação do dedo 4 e 5?

É o reconhecimento harmônico?

Coloque limites no que você faz no dia a dia.

Alguns de vocês acham isso chato, eu sei.

Então coloque limite no limite:

“30 minutos por dia vou controlar exatamente o que estou fazendo”.

O resto do tempo?

Faça como quiser.

Mas sem limite nenhum, você não sabe quem é, nem pra onde vai.

(Nota: Totalmente iniciante no piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)

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