Termine a música, não importa o quão chateado esteja

É realmente espantoso o quanto de gente que “toca” piano, mas toca só músicas pela metade.

Peraí…

“Pela metade”, eu disse?

Se fosse pela metade já estaria bom.

O fato é que muita gente toca só uns trechinhos…

Ou só o comecinho…

E logo se enjoa e vai perseguir o próximo objeto brilhante, digo, a próxima música que a seduziu.

Não acho que seja difícil perceber o problema disso.

Acontece que ele não se resume a obviedade de que não existiu músico, engenheiro, cientista, escritor, padeiro que se desenvolveu por meio de obras inacabadas. Sim, elas existem. Mas não é a essência do trabalho.

Se não é só esse o problema…

Qual mais?

Vigor.

Vitalidade.

Fôlego.

Ou melhor:

Falta de vigor.

Falta de vitalidade.

Falta de fôlego.

Se você só toca uns segundos sempre, você não cria nenhuma dessas virtudes.

O mais espantoso é que elas não são apenas virtudes dos seus dedos.

É algo mental também.

Mesmo que você tenha a cara de pau de me dizer “quero mesmo ser um tocador de refrões de 12 segundos”, saiba que sem essa vitalidade os seus 12 segundos vão ser para sempre uma porcaria. Por isso os iniciantes começam com peças curtas. Porque aos poucos ele vão adquirindo o vigor corporal e mental de controlar uma música do começo ao fim.

Se falta esse vigor pra você…

Pare de perseguir aquelas músicas sedutoras de 5, 10, 20 minutos…

Aquelas que você só vai arranhar umas frases…

E desenvolva seu fôlego aos poucos como deve ser.

(Nota: Totalmente iniciante no piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)

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