Porque não ouvir qualquer um

Fazer um filme ou escrever um livro pode facilmente tomar quanto tempo?

Dois anos?

E a crítica de um filme ou de um livro?

15 minutos?

Então não é aos meros críticos que temos de dar ouvidos.

Não me entenda mal.

Só porque uma coisa foi trabalhosa ou demorada, não significa que teve um bom resultado, embora seja simples de entender que as melhores coisas são mesmo trabalhosas e demoradas para serem alcançadas… além disso, uma crítica rapidinha, feita em 2 minutos, pode mesmo ser certeira na sua análise.

O que quero dizer é que a imensa maioria das críticas que ouvimos (e isso não só quanto a filmes e livros, mas também ao que nós mesmos fazemos na nossa vida, incluindo o piano) deve entrar por um ouvido e sair pelo outro, pelo simples motivo de que é barato criticar.

O segredo não está na crítica.

Nem mesmo que sejam as insuportáveis críticas “construtivas”.

O segredo está na crítica DE QUEM ouvimos.

Embora não seja um termo comum no meio musical, temos de escolher nossos mentores.

São aqueles que não são exatamente nossos professores…

Mas que damos ouvidos ao que eles falam.

Pessoalmente eu prefiro um simples “isto está uma porcaria” de alguém que vale a pena ser ouvido, do que dezenas e dezenas e dezenas de palavras minuciosas de críticas construtivas de desconhecidos que ignoro de onde vem e pra onde vão e o que fazem.

Como eu disse, alguns podem até ter razão.

Mas nunca se conheceu alguém que alcançou algum resultado dando ouvidos a um monstro gigantesco sem braços, sem pernas, sem olhos, sem ouvidos, formado apenas de dezenas de milhares de bocas.

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