Por que sou contra um “curso completo de piano”

Qual a sua profissão?

Professor?

Advogado?

Enfermeiro?

Policial?

Dona de casa?

Adolescente reclamão desempregado?

Vamos supor que seja advogado (ou advogada, me dispense de qualquer lei politicamente correta).

Essa é uma profissão que todos sabem mais ou menos o que faz.

Você levaria a sério um “Curso Completo De Advocacia”?

A primeira pergunta que você faria é:

“Que diabo de advocacia estão falando?”

— A que cuida da área civil: responsabilidade civil; execuções; ações de cobrança; apresentação de defesa e recursos; análise, elaboração e revisão de contratos; notificações, procurações; etc…

— A que cuida de ramos específicos, como a advocacia imobiliária: assessoria na compra e venda imóveis; contratos de locações; ações judiciais de propriedade e posse; regularização de imóveis e escrituras públicas, etc…

— A que cuida do consumidor: ações de indenização; restituição de valores pagos indevidamente; revisão de contratos de consumo; medidas de urgência; etc…

(Eu nem sabia que existia tudo isso em advocacia)

Seria confiável um material que prometesse ensinar todos os itens acima?

É por isso que nunca vou oferecer um “curso completo de piano”.

Sei que nem todos que oferecem algo assim estão agindo de má-fé.

Estão apenas utilizando uma figura de linguagem que já está difundida.

Mas, consciente ou não, oferecer um “curso completo” sempre precisará colocar em letras miúdas: “este curso não é tão completo assim…”.

Por isso acho muito mais sensato atacar o estudo por problemas, principalmente aqueles que são mais típicos e que são menos falados.

(Nota: Se você quer compreender melhor essa minha visão, então cadastre-se no Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)

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