Dedilhado é só mais ou menos subjetivo

É uma lástima que tenhamos sido bombardeados com a falsa separação entre “objetivo” e “subjetivo”.

Pior ainda:

Que gente inteligente tenha espalhado essa fake news.

Agora qualquer um que queira parecer inteligente apenas diz:

“– Dedilhado é subjetivo, você escolhe o que funciona pra você e seja feliz…”

Beeeeeeem…

Isso é assim só mais ou menos.

“Dedilhado” é a escolha de quais dedos você vai usar pra tocar a música ou um trecho musical no piano.

E se você é um vendedor de facilidades no Youtube…

Se você quer que qualquer um toque uma música bem fácil e água com açúcar sem nenhum esforço, instantaneamente…

Então basta reforçar o uso dos mesmos dedos que já tem desenvoltura.

(como os dedos 1, 2 e 3)

E aí você pode rir de qualquer um que tenta desenvolver os outros dedos.

Não só isso:

Se você segue algum método bem pensado…

E ali é indicado um dedilhado um pouco mais desconfortável…

E se logo bate a frase “dedilhado é subjetivo”…

E você muda o dedilhado porque, afinal, “tanto faz um ou outro”…

Você perde a oportunidade de insistir um pouco ali, pois na próximas lições iria precisar da flexibilidade, coordenação e força que aquele pequeno desconforto forçaria você a desenvolver. E não preciso dizer o quanto isso vai fazer que um bom método acabe resultando em resultado nenhum.

Não só isso:

Existe outro aspecto errado ainda desse “dedilhado é subjetivo”…

Algo que pega muito profundamente em intermediários.

Mas se espalha em todos os níveis.

Só que chega desse assunto por hoje, outro dia conversamos sobre isso.

Ah… se você quer entender o que faz um adulto se libertar das facilidades falsas da internet, e realmente se organizar pra aprender a tocar piano de verdade, então veja esta aula que gravei recentemente aqui:

https://www.metodorealdepiano.com.br/piano-para-adultos/


Chopin Ressuscitou (e está irreconhecível)

Algumas semanas atrás, expliquei que não ia mais publicar o “Piano News” nas quintas-feiras.

Aliás, avisei que não haveria mais vídeos meus no Youtube nas quintas.

Mas o “Piano News” não morreu.

De vez em quando os vídeos com notícias musicais vão dar as caras por aqui.

E no novo vídeo de hoje, você vai conhecer a inteligência artificial que promete transformar qualquer som em música… vai ficar sabendo do compositor clássico mais tocado dos últimos anos… e, no final, vai presenciar a incrível (e talvez lamentável) “ressureição” de Chopin.

Aqui está o vídeo:


Nesta semana, nem Bach ajuda

Se você está precisando de um ânimo estilo chocolatinho, tente alguma melodia de Mozart.

Se você quer algo heróico e avassalador, bem, Beethoven esta aí pra servi-lo.

E se você quer algo do além…

Que, sem violência, mostra o alto luzente…

Então Bach é o caminho.

Agora, tem semanas que nem Bach cura…

Nem a unidade de Mozart concerta…

E nem os empurrões de Beethoven ajeitam.

Então nos resta respirar fundo e só aguentar.

Mas não se preocupem, meus amigos, a luz no fim do túnel que parece não ter fim, jamais deixou de estar lá, e a impressão passageira de que a luz não existe e que o túnel está desmoronando, é mesmo só uma impressão passageira.

Palavras e música e distrações parecem não ter mais efeito…

E adicionar palavras e música e distrações só jogam fumaça na frente de algo que parece uma rocha.

É…

Tem semanas que é assim mesmo.

A pergunta é:

Nestas semanas aí, em tempos obscuros…

Você ainda quer o que disse antes que queria?

O sonho era um sonho ou um desejo doido?

Você lá pra baixo, e o piano se enchendo de pó…

O teclado quase voltando sozinho pra dentro da caixa…

É agora que você mostra que, estando pra cima ou pra baixo, você sabe o que faz.

Porque o caminho está bem definido…

E não é um tempo difícil que vai te impedir.

Ou é?

Bem, existe um inimigo que te afasta do piano, especialista em afundar adultos no desânimo e na confusão, e aqui neste vídeo você aprende como combatê-lo, ou melhor, como derrotá-lo definitivamente… aqui está:

https://www.metodorealdepiano.com.br/piano-para-adultos/


Qual é aquela coisa que todo pianista domina?

Será que bebi água de bateria hoje?

Não é óbvio que todo pianista domina O PIANO?

Olha, não é assim, não.

Pianistas deuses, mestres, profissionais, amadores, leigos, iniciantes, intermediários, avançados… enfim, qualquer nível de gente que toca piano, e que toca BEM, sem ser uma coisa desanimadora e anti-musical, qualquer um desses daí, tem sim uma coisa em comum.

Não é dom natural…

Nem ouvido absoluto…

Nem conhecimento de harmonia…

Nem precisão robótica pra acertar as teclas.

Simples:

É o ritmo.

Eles não transformam o ritmo numa doidera sem fim.

Não me entenda mal.

Um iniciante no piano não domina o ritmo da mesma maneira que um deus do piano.

Ele domina do jeito que um iniciante domina.

E assim ele tem a base pra melhorar e tocar cada vez melhor.

Você quer cortar toda a baboseira?

Quer realmente ter fundamento no piano?

Então largue tudo que está fazendo e olhe pro ritmo.

Se você quer entender como um adulto sem dom musical se livra de todas as baboseiras e de verdade aprende a lidar com o piano, esse meu vídeo aqui explica o truque:

https://www.metodorealdepiano.com.br/piano-para-adultos/


Como tocar o Traümerei (Robert Schumann)

Aqui está no piano uma das músicas mais conhecidas de Robert Schumann: a Traümerei (“Sonho Acordado”)… é uma música que, à primeira vista, parece simples, mas na verdade esconde desafios que você vai descobrir como enfrentar aqui:


Quem decide se sua música é boa?

Para pianistas amadores (pra quem não sabe: sempre uso ‘amador’ no bom sentido, são aqueles que não dependem profissionalmente do piano)… para pianistas amadores não existe a pressão de um crítico de jornal ou de uma banca de concurso, do produtor musical ou até do público cheio de expectativa na sua frente.

Bem, alguns de vocês têm professor.

E normalmente esse professor é juiz do que você faz no instrumento.

Na verdade, esse é um dos melhores benefícios de um professor:

Ter uma opinião do seu resultado…

Que leve em consideração o seu nível…

E até onde você pode chegar.

Ok…

Mesmo assim, mesmo que você tenha um professor, vai estar perdendo uma oportunidade valiosa, caso não esteja formando um outro juiz…

O juiz que verdadeiramente importa:

Seu ouvido.

Agora, vou dar um exemplo fictício do ponto que quero demonstrar.

(‘fictício’, mas acontece demais)

O sujeito toca piano há muito tempo, tipo uns 20 anos…

E chega me pedindo aulas particulares, pois ‘precisa de dicas pra resolver algumas dificuldades’.

Já sou macaco velho e sei que ‘dicas’ tem pouco a ver com isso.

Aliás, nem pego mais alunos particulares assim.

Mas vamos continuar com o exemplo:

A primeira coisa é fazer o sujeito tocar alguma coisa pra ter uma visão geral do que ele faz no piano.

O que ouvimos?

Uma música inteira tocada com o pedal abaixado.

Ok.

Que tal uma outra música, menos romântica?

Lá vai ele, tocando tudo com o pedal abaixado outra vez.

Sim…

Vamos direto pra conclusão:

O sujeito passou 20 anos como pianista amador, o que é maravilhoso, mas o ‘amador’ dele significa que tudo quanto foi jeito pra algum ‘atalho’ que ele encontrou, ele abusou.

O uso do pedal foi um deles.

Porque o pedal mascara várias dificuldades.

Mascara pra quem não sabe ouvir.

Então depois de 20 anos o sujeito acha que vou dar pra ele uma dica super quente e mágica pra ele tocar mais rápido, e ele pensa que isso não vai ter nada a ver com o fato dos dedos dele serem um tanto fracos e sem condicionamento, porque, afinal de contas, ele mesmo nunca fez nada pra seus dedos ganharem esse condicionamento, já que o pedal resolveu e mascarou seu som.

Aí temos o ponto:

Sim, seu ouvido é o juiz.

E quem disse que seu juiz não precisa ser formado?

Ser educado…

Ter parâmetros claros pra decidir por um resultado ou outro qualquer?

Até sei o que alguns de vocês estão pensando:

“– O Felipe é um exagerado… seu eu tocasse há 20 anos aposto que seria maravilhoso…”

Sim, eu sei que é maravilhoso.

Desde que você não venha pra mim reclamar de dificuldades.

‘Músico amador’ pra você significa estar mergulhado na mentalidade de ‘atalhos’?

Ótimo!

Mergulhe fundo…

Mas não pense que vai me levar junto.

E minha opinião é:

Seu ouvido é o juiz final do que você faz no piano.

E ele aprende a lidar com música tanto quanto seus dedos.

Se você quer sair da areia movediça dos atalhos musicais (na maioria atalhos falsos), forme seus dedos e seu ouvido com os protocolos voltados para adultos. Conheça os detalhes aqui:

https://www.metodorealdepiano.com.br/piano-para-adultos/


REACT: O pianista mais ouvido no mundo

Hoje temos um “react” a um dos nomes mais comentados do piano clássico atualmente: Víkingur Ólafsson. Ele é o pianista clássico vivo mais ouvido no mundo, tendo atingido a marca impressionante de 1 bilhão de streams.

Aqui está:


Mudanças no “Aprendendo Piano” e seus 3 motivos

Pois é…

Alguns já reparam…

Então vamos deixar oficializado:

Há um ano comecei a publicar todas as quinta-feiras no Youtube o “Piano News”.

A partir daí tínhamos dois vídeos por semana no canal.

Agora não temos mais.

Depois de 50 publicações esse vídeo de quinta-feira não vai mais ser publicado.

Calma que já explico o motivo.

(os vídeos de segunda-feira continuam firmes)

Pois temos outra mudança:

Os e-mails enviados para os cadastrados na lista de e-mails.

Não vou mais enviá-los com tanta frequência.

Ainda vão ser bem constantes, em torno de 3 por semana.

Ok…

Então vocês estão avisados.

Agora, querem saber o motivo?

São 3 motivos.

Sinceridade pura:

Motivo 1) dá um trabalhão produzir tudo isso, e eles já não funcionam tão bem.

Motivo 2) a quantidade de alunos cresceu demais, então tenho que reservar mais tempo especial pra mais gente, e menos pra quem não é aluno.

Motivo 3) investir o pouco tempo que resta em jeitos mais eficientes (que aos poucos estou descobrindo e testando).

Muito bem!

Agora não precisam mais ficar preocupados…

Vou continuar por aqui e não se esqueçam:

Mãos nas teclas!


A poupança de todo pianista (amador e profissional)

A grande poupança do pianista, aquele lugar de acúmulo de riquezas, seria o conhecimento teórico?

Acho que não.

Seria então seu instrumento, o piano, que se valoriza no mercado de piano?

Não.

(definitivamente, não)

Seria uma coleção de partituras raras?

Óbvio que não.

O grande capital do pianista é a sua técnica.

A técnica é o seu saldo bancário artístico, de onde se pode sacar a qualquer momento pra executar o que precisa.

Parece ótimo, não é?

Ter uma conta recheada de técnica, pronta pra ser usada.

Mas aqui entra o detalhe que muita gente esquece:

Ter muito dinheiro na poupança não garante que você saiba usá-lo direito. A história mais comum de gente que ganha dinheiro, é que ela torrou tudo sem se dar conta do que fez. Não só é preciso saber como se ganha dinheiro, é preciso saber como mantê-lo.

Ter técnica não faz automaticamente um pianista.

A técnica, por si só, pode ser apenas um monte de notas tocadas.

É a pirotecnia que pode deslumbrar por um segundo, mas que no segundo dois já enjoa.

O valor real da sua poupança técnica não está no quanto você tem.

Está em como você a usa.

É a diferença entre tocar todas as notas e fazer música.

A técnica é a ferramenta.

O pincel.

O martelo.

Mas a arte é a pintura.

A escultura.

A casa construída.

Se sua técnica não serve a uma intenção musical, ela é uma habilidade sem propósito.

Ela é seu baú de riquezas acumuladas…

Mas o que você faz com ela?

Conheça meu método de acúmulo e uso de riqueza musical aqui:

https://www.metodorealdepiano.com.br/piano-para-adultos/


Como tocar piano mais rápido, ou: O verdadeiro segredo para velocidade no piano

É comum querer tocar piano mais rápido, com mais agilidade e fluidez, mas o caminho para a velocidade no piano pode ser um pouco diferente do que a maioria pensa. Se você se sente travado ou acha que não consegue evoluir, não consegue tocar mais rápido, prepare-se para uma abordagem que pode mudar a forma como você pratica e, finalmente, como você toca piano. Aqui está: