O pior vício ensinado pelos professores de piano

Já aconteceu de você passar por um problema e, com uma dica simples, conseguir resolver esse problema?

Vejo isso acontecendo com muitos estudantes que já tocam piano e que me pedem alguma orientação de como melhorar o controle do som ou a exatidão rítmica.

A origem do problema é sempre o desconhecimento de alguns princípios que devem ser seguidos para um aprendizado de qualidade.

Esse desconhecimento é muito comum em alunos autodidatas, mas é impressionante a quantidade de professores que desconhecem os princípios básicos. Basta você dar uma olhadela nos professores de piano do Youtube, para constatar por si mesmo.

A insistência contínua em tocar piano de maneira incorreta, acarretando em uma porção de problemas e dificuldades, mesmo que de modo inconsciente, é o que eu chamo de VÍCIO.

E por que “vício”?

Simples!

Vamos utilizar uma definição dicionarizada para entender melhor:

Vício é um mau hábito adquirido.

Isso quer dizer que o estudante está tocando errado de modo contínuo, ou seja, mesmo sem perceber, está cometendo um deslize todas as vezes em que toca piano.

Embora não saiba que está com um vício, o estudante percebe que algo o está impedindo de cumprir com os objetivos de uma boa execução, sejam eles a exatidão rítmica, o controle do som, a velocidade adequada etc.

Acho que a explicação sobre a existência desses vícios ficou clara, certo?

Agora eu gostaria de comentar um pouco sobre…

O vício campeão

Sem pensar duas vezes, digo que o pior vício de todos é QUEBRAR AS FALANGES dos dedos.

(Talvez o mais correto seria dizer “dobrar”, mas “quebrar” é muito mais impactante, :P)

Já falei sobre esse vício em outras ocasiões, agora vamos entender melhor porque ele é um problema.

Posição dos dedos

Posição dos dedos

Para quem toca em um piano acústico o problema é óbvio, pois a quebra das falanges influencia diretamente na produção do som do instrumento.

Mas existem outros problemas que afetam tanto quem toca em um piano acústico, quanto quem toca em um teclado eletrônico.

O problema básico é que a própria precisão para acertar as teclas é prejudicada, se você não manter os dedos firmes.

Mas o problema mais sério é o seguinte:

Enquanto você for iniciante e estiver tocando apenas melodias simples, não sentirá nenhum problema, porém quando você passar a estudar músicas mais ágeis, que não são apenas alguns acordes com notas próximas, perceberá que não está controlando os dedos na velocidade certa.

Esse é o principal problema desse vício: a falta de controle real dos dedos, para que eles executem exatamente aquilo que é necessário.

Vários alunos experientes chegam para ter aula comigo, repletos de efeitos colaterais causados por essa falta de controle dos dedos.

Um efeito colateral mais difícil de explicar, é a falta de absorção corporal da música, causando a sensação de que não sabemos realmente o que estamos tocando. Tudo isso porque não temos a profundidade de toque proporcionada pelos dedos firmes.

Como corrigir esse vício?

Bom, a correção é muito simples (aqui está a dica simples para corrigir um problema sério).

Mantenha os dedos firmes, mas nunca rígidos. O relaxamento das mãos e dos braços também são pontos importantes.

Para dar algumas dicas práticas, além de mostrar alguns detalhes a mais sobre esse vício, gravei o vídeo abaixo. Assista com atenção!

(Nota: Se você é iniciante, o correto é começar pela imitação da postura de um professor. Essas e outras noções você pode aprender no meu Minicurso de piano para iniciantes. Cadastre-se aqui.)

minicurso-piano-note


O que você deve estudar para aprender piano

Se você está aprendendo piano, ou pelo menos tentando, é porque tem um destes objetivos:

  • tocar música popular
  • tocar música clássica
  • tocar música popular e música clássica, 😀

Em nome da brevidade, vamos definir o seguinte:

Música popular é o gênero que abrange o Jazz, Rock, MPB, hits que tocam no rádio, música gospel etc.

Música clássica ou erudita são as obras de Bach, Mozart, Beethoven, Chopin etc.

Esclarecido isso, você fatalmente pensará: “Então, se eu quero tocar música popular, devo estudar com quem ensina música popular e, se quero tocar música clássica, devo estudar com quem ensina música clássica“.

Esse é um raciocínio perfeitamente lógico, mas que esconde um problema…

Não existe um método para a música popular!

ATENÇÃO!

Agora começo um assunto polêmico e que será mal compreendido, mas, como foi um dos estopins para eu ter criado o Aprendendo Piano, vamos lá!

Imagine que você queira muito tocar Elvis Presley no seu teclado. Conforme definimos acima, Elvis se encaixa na família “música popular”.

Você começa a procurar algumas aulinhas de teclado no Youtube. Percebe que estudar muita teoria é desanimador e procura algum vídeo que ensine direto a música que você quer. E, que sorte!, muita gente mostra como tocar as músicas do Rei do Rock.

É muito melhor começar estudando aquelas músicas que você ama, certo? Você está no caminho certo! O próximo passo é prestar muita atenção no vídeo-guia para saber quais teclas exatamente precisam ser atacadas.

Ficar indo e voltando o vídeo é um pouco chato, mas você é persistente e consegue tocar alguma coisa.

Excelente! Você alcançou algum resultado! Para se libertar desse vai e volta dos vídeos, você resolve aprender alguma teoria e começa a ouvir falar sobre ACORDES, ESCALAS, RITMO, CIFRAS, DÓ MAIOR, INVERSÃO, ARPEJO, COORDENAÇÃO, FÁ SUSTENIDO MENOR, ACOMPANHAMENTO, HARMONIA e por aí vai…

Agora as coisas começam a complicar e, desculpe a insistência, isso acontece porque…

Não existe um método para a música popular!

Ora, se não existe um método para música popular, então como pode existir um monte de gente tocando nas igrejas, nos bares, nas rádios?

Explicando de forma bem breve: cada professor de música popular possui seu próprio “estilo” de tocar, o seu jeito de “levar” a música. Ele utiliza o seu “feeling” para executar as cifras.

E como ele ensina o aluno? Basicamente, ele vai instruindo o aluno a IMITAR o seu estilo e qualquer necessidade mais técnica…

Precisa recorrer as soluções dadas pelo estudo da música erudita

Olha, não tenho nada contra a IMITAÇÃO.

A imitação é uma ferramenta necessária e indispensável para o aprendizado. Já expliquei, em outro lugar, como utilizo a imitação em um método de ensino.

O problema é que se você trocar de professor 3 vezes, então, você terá que aprender 3 formas diferentes de “feeling” musical. Esse é o motivo de tantos alunos escreverem depoimentos como este do Samuel Kun:

“Hoje fiz a melhor coisa desde o primeiro dia que começei a estudar teclado/piano, que foi sair do meu curso particular e começar a fazer essa vídeo aula com você, Felipe. Meu antigo professor estava me ensinando até a passagem dos dedos errado e isso estava dificuldando bastante minha velocidade enquanto estava tocando o instrumento. Não só por mim, mas, com certeza, por milhões de pessoas que estão aprendendo com você, agradeço por estar reservando um pouquinho do seu tempo para repassar esse seu conhecimento musical.”

Os professores por aí estão preocupados em transmitir o próprio “feeling” musical e acabam relaxando no estudo teórico mais sério e embasado, deixando muito a desejar no conhecimento de ferramentas para resolver objetivamente os problemas de técnica no instrumento.

Ok, então, qual o repertório deve ser estudado para aprender piano?

Antes de falar sobre o repertório erudito, deixa eu esclarecer uma coisa:

  • Você está contente com o ensino do seu professor?
  • Você mesmo é um professor ou músico e só está procurando alguém que te ensine uma tecnicazinha nova?
  • O seu objetivo é simplesmente IMPRESSIONAR as pessoas com música e NÃO, necessariamente, ser um instrumento para a BELEZA?

Se você respondeu sim para alguma dessas perguntas, então você não é a pessoa que busco ensinar no Aprendedo Piano. Fique à vontade para aproveitar todo o material que disponibilizo, mas, de verdade, você nunca entenderá direito do que estou falando.

Dito isso, vamos ao que interessa!

A mensagem é simples:

Não existe outra maneira de aprender a parte técnica e a base teórica necessárias para tocar com DESTREZA e DOMÍNIO, sem estudar música clássica.

É na música clássica que todos os fundamentos musicais se desenvolveram e todo músico PRECISA aprendê-los, MESMO o de música popular.

(Nota: No minicurso de piano para iniciantes, utilizo o repertório clássico. Cadastre-se aqui.)

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Para você ter uma referência do método clássico/erudito, procure os autores Czerny, Clementi e Cortot, são os melhores em demonstrar a técnica do instrumento. Claro, não conheço ninguém que aprendeu simplesmente lendo a teoria, sem um professor, mas ali está tudo sistematizado.

O que acontece se você não estudar o método erudito

É impossível você NÃO estudar pelo método erudito, já que as soluções técnicas estão todas nele. O que pode acontecer é um estudo MISTO: algumas convenções da música popular misturadas com técnicas eruditas.

Posso testemunhar, depois de vários anos como professor, depois de receber centenas de perguntas por meio da internet, que se não buscar a CLAREZA dada pelo método erudito, você sempre ficará confuso sobre os detalhes da execução musical.

Sua busca sempre será por uma “sacada”, por um “novo jeito”, porque nunca conseguiu realmente conquistar independência criativa o suficiente.

E por quê?

Porque a criatividade VERDADEIRA só existe utilizando como base um repertório dado pelos grandes estudiosos do assunto.

Um dos desejos mais comuns de quem já estuda piano e chega até mim, é esse expressado pela aluna Maria de Lourdes:

“Estudei piano alguns anos, mas gostaria de ter mais conhecimento de teoria e de exercicios que me dessem mais segurança e desenvoltura.”

SEGURANÇA e DESENVOLTURA: é exatamente isso que o repertório clássico proporciona.

Resumo da conversa

Mesmo que você queira tocar um repertório popular, em algum momento dos seus estudos você precisará recorrer ao método que foi construído pelo estudo erudito.

Se não fizer isso, você criará uma dependência exagerada de um professor e da imitação.

Minha sugestão é que você comece pelo minicurso de piano para iniciantes. Muitas sutilezas são reveladas nessas aulas e tenho certeza que você entenderá melhor o que expliquei neste artigo.

Talvez o próximo passo a explicar, sejam os VÍCIOS mais escabrosos que a MAIORIA dos professores de piano ensinam aos seus alunos indefesos. Esse assunto não tem nada a ver com repertório, então deixemos isso para um outro artigo.


Como escolher o instrumento (piano ou teclado) correto

Aviso prévio: não recomendarei nenhum modelo específico de instrumento — quero apenas esclarecer alguns pontos que serão úteis para você mesmo escolher um piano ou teclado.

Como você já deve imaginar, os parâmetros principais para escolher um instrumento são o OBJETIVO (por que você quer tocar piano) e o ORÇAMENTO (quanto dinheiro você pode gastar).

Vamos começar explicando os 3 tipos básicos de instrumento…

O Piano Acústico

Olha, sou pianista a mais de 30 anos e tenho experiência para dizer: em nenhum outro tipo de piano é possível alcançar a liberdade e o controle de som, proporcionado por um piano acústico.

Mesmo que você nunca tenha ido a um concerto, já deve ter visto um piano de cauda ou piano vertical na TV.

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Esse tipo de piano tem uma estrutura especial de madeira, cordas (horizontais ou verticais) e os martelos que atingem as cordas para produzir o som. É essa estrutura toda mecânica que proporciona um controle incrível e um som maravilhoso.

Com certeza é o tipo de instrumento mais caro, e não se encaixa na maioria dos interessados em aprender, mas, enquanto eu viver, recomendarei esse tipo de instrumento (claro, é para quem quer e pode).

Se você tiver paciência para procurar, pode encontrar pianos acústicos usados na mesma faixa de preço de um piano digital.

O Piano Digital

Esse tipo de piano tenta simular ao máximo o comportamento de um piano acústico e, devo dizer, é muito competente no que se propõe.

Sei que alguns defendem que o piano digital tem um som superior ao piano acústico, mas isso não é verdade e estou disposto a aceitar um duelo com quem insistir nisso, 😀 .

piano-digital

Normalmente, quem tem o objetivo de tocar em um piano acústico adquire um piano digital e obtêm ótimos resultados. Como a maioria dos iniciantes não tem o objetivo de ser um pianista profissional, esse é o tipo que mais indico.

É possível encontrar modelos entre R$ 2.500,00 e R$ 3.000,00.

O Teclado Eletrônico

Esse é o tipo mais comum de instrumento. Muitos herdaram um tecladinho do irmão, da tia, do pai ou, é bem verdade, é o único tipo de instrumento que pode comprar.

Agora você deve estar pensando: “Eu não quero ser um pianista profissional, só quero tocar algumas canções para os amigos, para a minha família, tocar na igreja…“.

E eu concordo com você! Para a maioria dos interessados, um teclado eletrônico já é suficiente.

Eu mesmo comecei com esse tipo de teclado.

Mesmo àqueles que pretendem avançar no estudo, seguindo para um repertório que seja necessário mais controle da produção de som, podem utilizar um teclado eletrônico durante todo o primeiro ano de estudo.

(Nota: Todo o conteúdo do meu minicurso de piano, pode ser estudado com um simples teclado eletrônico. Cadastre-se aqui.)

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No fim das contas, a característica mais importante é…

O número de teclas

Todos os pianos acústicos atuais possuem 88 teclas e esse é o número necessário para executar um repertório completo. Alguns pianos digitais possuem 64 teclas, mas sugiro sempre um instrumento de 8 oitavas (88 teclas).

O maior problema com o número de teclas está no teclado eletrônico. Os mais baratos possuem apenas 4 oitavas, ou 3, ou 2…

Se por acaso você já tem um teclado de 4 oitavas, tudo bem, ele pode resistir por algum tempo, mas, se você for comprar um novo e estiver com o orçamento apertado, comece com um teclado de 5 oitavas (61 teclas).

Outra característica importante é…

A sensibilidade ao toque

… ou touch response.

O piano acústico e o piano digital respondem a uma força diferenciada de toque: se você atacar a tecla com força, obterá uma resposta do instrumento, se modular a força, obterá outra resposta.

É isso que se chama dinâmica, sensibilidade ao toque ou touch response.

Sempre dê preferência a instrumentos com essa característica.

Não resisti…

Falei que não ia recomendar um modelo específico, mas vou quebrar metade dessa promessa!

Se você está quase falido, está só no cheque especial, está morando de favor na casa do cunhado e precisa de um modelo mais em conta possível, eu diria para você adquirir um teclado eletrônico de 5 oitavas (61 teclas) com sensibilidade ao toque.

A Casio e a Yamaha possuem modelos com essas características, com valor entre R$ 600,00 e R$ 800,00.

Depois de toda essa explicação, quero dizer que, a menos que você tenha um tecladinho daqueles de criança que fazem sons da fazenda, você pode começar com o tipo de instrumento que estiver a mão.

Nunca coloque a culpa na falta de um instrumento melhor: COMECE AGORA!

Assista ao vídeo em que explico um pouco mais o assunto:


Comece o aprendizado de piano por aqui

Finalmente você encontrou este artigo!

Considero esta página uma das mais importantes do Aprendendo Piano, pois é aqui que explico a estrutura de aprendizado que utilizo nos meus cursos. É um conteúdo especial para aqueles que não estão familiarizados com o meu método, mas também serve para os veteranos que desejam relembrar os fundamentos.

Melhor do que isso: tudo que está explicado aqui, você pode utilizar no seu estudo de piano ou teclado, sendo ou não meu aluno. O objetivo é justamente que os iniciantes tomem consciência de quais etapas precisam percorrer.

Em suma, esta página foi criada para que você vislumbre a caminhada de aprendizado que está na sua frente.

Chega de papo furado! Vamos começar falando sobre…

A Pirâmide

Não inventei totalmente uma estrutura de aprendizado, o que fiz foi adaptar o método tradicional, utilizado em música erudita, para ser ensinado por meio da internet.

Na internet, você encontrará sempre dois tipos de abordagens:

  • DECOREBA: Toque uns acordes básicos (alguém te explica o que é um acorde?), faça alguns exercícios e, assim que possível, decore uma listinha de 1.000 (MIL) acordes.
  • TEOREBA: Estude uma teoria pesada e, ao mesmo tempo, entre numa briga consigo mesmo para transformar a teoria em prática.

Desse jeito, é inevitável que você desanime e acabe pensando que precisa de algum talento especial para tocar piano.

A forma que utilizo é o que eu chamo de Pirâmide do Aprendizado Musical:

piramide-aprendizado-musical

(Ok, isso daí é um triângulo e não uma pirâmide, conto com sua compreensão e imaginação…)

Observe que a base da pirâmide é formada pela IMITAÇÃO e TÉCNICA com a LEITURA MUSICAL completando o topo. Veremos cada uma dessas partes.

Imitação — a pérola atirada aos porcos

Esta é uma etapa do aprendizado muito mal aproveitada!

Quem quer bancar o inovador, fala mal da imitação, pois quer dar a entender que possui um método em que a imitação não tem lugar.

Quem utiliza APENAS a imitação, está só querendo se passar por professor de piano.

E qual o lugar certo da imitação?

Bom, o objetivo é chegar ao topo, na leitura musical. Mas a leitura e a escrita são as partes mais abstratas do processo, um monte de outras habilidades podem e devem ser desenvolvidas em primeiro lugar.

O papel da imitação é capacitar o aluno a…

  • formar uma postura saudável
  • atacar as teclas da maneira correta
  • se preocupar com a produção musical de qualidade
  • desenvolver coordenação e agilidade
  • criar um acompanhamento rítmico corporal
  • etc…

Além disso, a imitação de um professor revela ao aluno dificuldades que ele jamais entenderia sem ter colocado as mãos na massa.

(Nota: Se você quer começar pela imitação de maneira correta, faça a sua inscrição no minicurso de piano para iniciantes. Cadastre-se aqui.)

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Por isso a imitação é mal utilizada: normalmente os alunos querem apenas copiar as teclas que o professor ataca, sem tirar proveito máximo disso.

Isso nos leva a…

Técnica — o refúgio dos desesperados

Bastou ficar preso 5 minutos em um problema que o aluno corre para o professor: “— Pelo amor de Deus, me dê alguma técnica para resolver a minha dificuldade…“.

Agindo assim estamos mais uma vez utilizando incorretamente uma etapa do aprendizado. Houve pianistas que nunca utilizaram exercícios de técnica…

… mas, como somos meros mortais, precisamos sim de algum exercício técnico. No entanto, saiba que os exercícios não têm esse poder mágico que o iniciante acha que tem.

O papel do treino de técnica é…

  • isolar dificuldades recorrentes
  • estimular a concentração em cada trecho imitado
  • desenvolver a memória, relaxamento e força muscular
  • compor um arsenal de possibilidades para a criatividade

Os exercícios de técnica, combinados com a imitação, são perfeitos para desenvolver a destreza no teclado, além de fornecer armas para vencer as dificuldades que parecem intransponíveis para o iniciante.

Conquistadas essas etapas, o aluno está pronto para a…

Leitura Musical

O objetivo é ler partituras o mais fielmente possível, executando os detalhes de ritmo, dinâmica e velocidade de maneira bela e consistente.

É possível aprender a leitura e execução sem passar pelas outras etapas?

Sim, mas você terá que adquirir as habilidades dadas pela imitação e pela técnica ENQUANTO aprende a leitura, o que é muito mais trabalhoso.

A leitura é a parte mais abstrata do aprendizado — e isso não somente em música: uma criança primeiro aprende a falar imitando os pais, para depois partir para a leitura e a escrita. Por isso a IMITAÇÃO e a TÉCNICA compõem a base da pirâmide, portanto a parte mais “gorda” dos estudos.

A leitura é a cereja do bolo, completando o topo da pirâmide: pela leitura, o estudo vai se refinando do mesmo jeito que o topo da pirâmide se torna mais fino.

E depois disso?

Não sei se você tem essa expectativa, mas sei que vários alunos estão ansiosos para sair tocando piano ou teclado, livres de partituras e cifras, criando melodias e acompanhamentos um atrás do outro, como se fosse uma fábrica de música.

Não duvido que existam pessoas com um talento extraordinário e precoce desse jeito e, se você é uma dessas pessoas, o que está fazendo lendo o meu blog? 😀

Para conquistar a capacidade criativa VERDADEIRAMENTE bela e impactante, você precisa conquistar em algum nível as habilidades dadas pela pirâmide. Tenha paciência consigo mesmo e, se quer uma sugestão, comece pelo meu minicurso que já é um bom material para imitação.

Mais explicações…

Muita coisa ainda pode ser dita para os iniciantes, mas, se você entendeu bem como funciona a Pirâmide do Aprendizado Musical, já deu um primeiro passo importante.

Os próximos assuntos que prentendo explicar, são os seguintes:

Aguarde que ainda tenho muito conteúdo para publicar!


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