Não seja um macaco
História muito comum:
Meses atrás um aluno pediu um conjunto de aulas particulares pra sanar algumas dificuldades.
Ele se dizia “intermediário pra avançado” e queria recomendações diretas.
Quando alguém diz que é “intermediário” (ou “avançado”) já saco do meu “aham” cético.
E não deu outra, esse aluno é mais um daqueles que pula de galho em galho.
Assim que foi me mostrar o que conseguia fazer e onde estavam os problemas, sem brincadeira, ele tocou pelo menos umas 10 músicas diferentes, em torno de 40 segundos cada uma. Em cada um desses trechos ele descrevia um problema e tentava dar uma solução de como resolver, meio que querendo uma opinião sobre essa solução (ou que eu desse uma solução melhor).
A primeira coisa que eu disse foi:
“– Volte pra primeira música que você me mostrou e toque ela inteira”
Ele não conseguia.
“– Então tente a segunda…”
Nada ainda.
“– Então toque qualquer uma completa!”
E saiu uma tirada de um livro de iniciação musical.
Depois pedi pra ele me descrever como foi seu histórico de estudo.
O resumo é mais ou menos este:
Pulou de uma escola pra outra.
Comprou vários livros de iniciação…
Estudou um tempo o Pequeno Livro de Anna Magdalena Bach…
(que é um livro excelente!)
Depois trocou de livro…
Estudou mais algumas coisas por Youtube…
E foram 4 ou 5 anos assim.
Minha proposta pra esse aluno foi esta: não poderia avaliá-lo como “intermediário”, muitos menos como “avançado”, já que não era possível analisar como ele lidava com o ritmo ao decorrer de uma peça, nem como estava seu domínio panorâmico, porque só haviam trechos soltos sem um discurso musical montado.
Então sugeri que trabalhássemos os fundamentos.
Que ele tornasse bem consciente o seu treino de coordenação…
Assim poderia despertar os dedos, as mãos e a capacidade de sincronização.
Depois disso começaríamos a organizar matematicamente a música.
Focaríamos em trechos técnicos que ele tem mais dificuldade.
Minha proposta foi de reconstrução de toda sua formação.
E o trabalho tem ido bem…
De vento em popa até agora.
Bastou que ele parecesse de macaquear o estudo de piano, e focasse no que mais desenvolve.
Quem puder, eu imploro, que faça o mesmo.
(Nota: Quer entender como iniciar seus estudos de piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)
Tocar piano é como andar de bicicleta
Não, não tem nada a ver com “uma vez que aprende nunca mais esquece”.
Com a bicicleta pode ser mais ou menos assim, mas não com o piano.
A semelhança está em outra parte.
É a seguinte:
Como estamos sem carro, ultimamente eu e minha esposa estamos utilizando bastante a bicicleta. Não é por ideologia ciclística, nem por um mundo melhor, nem por mais saúde, é apenas por necessidade. Se pudesse, continuaria utilizando um carro.
Enfim, voltando pra história:
Em uma de nossas pedaladas até o mercado, enquanto eu ia distraído, pensando na vida e tal, percebo por visão periférica que minha esposa está fazendo movimentos estranhos.
Quando viro a cabeça e olho pra ela, a cena é mais do que estranha:
A bicicleta já estava caída no chão e minha esposa, em pé, começa a esbravejar.
(Incrível sua habilidade de cair de bicicleta sem cair no chão)
Vi que estava tudo bem com ela.
Não havia um pneu furado ou corrente caída.
Nada.
A bike estava intacta.
(Nem sequer um novo arranhão)
Aí minha reação foi perguntar exatamente o que você está se perguntando agora:
“– O que aconteceu?”
E a resposta foi:
“– Não sei! Eu estava olhando pro pedal, tentando controlar o impulso da perna da frente e da perna de trás, quando perdi o equilíbrio!”
Pensei que pudesse ter sido um buraco ou algo assim e não pensei mais no assunto.
Montamos e seguimos o caminho.
No mercado, em um daqueles momentos epifânicos, uma hipótese surgiu.
E testei esta hipótese durante todo o caminho de volta:
Já falei várias vezes sobre “segurança” ao piano, que é uma visão um tanto diferente de “tocar” piano. Normalmente apenas os professores precisam saber dessa diferença, mas no ensino online, pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso. Segurança ao piano é quando você sabe que pode fazer as coisas meio que no automático. Quando, sem se confundir, pode antecipar tudo o que está por vir na música: dedilhados, ritmo, dinâmica etc.
É uma visão panorâmica.
Bem, é com essa visão panorâmica que se deve tocar piano.
Enquanto não faz isso, você está apenas treinando.
E se por um momento perder a visão panorâmica, tudo vai por água abaixo.
Foi exatamente o que aconteceu com minha esposa.
Enquanto ela estava pedalando, prestando atenção no conjunto do percurso, enfim, com uma visão ampla de tudo, tudo ia bem. Quando ela resolveu prestar atenção em um parâmetro único, prestar atenção na técnica de pedalar, aí o conjunto que ia bem se desfez. E ela perdeu o equilíbrio.
Se você está tocando uma música e começa a pensar:
“E agora, qual o ritmo…”
“Quais são as notas…”
“Qual é a próxima frase…”
“Como tenho de mexer o dedo aqui…”
A coisa começa a desandar e você fica paralisado.
Muitos acham que isso é um problema emocional, mas é falta de saber de verdade o que está fazendo.
E por não saber, pensar em cada coisa separada só piora.
Então se você quer saber o que um professor de piano faz, é isso:
Ele cria o cenário para o aluno desenvolver e treinar suas habilidades pra chegar no ponto de não pensar nessas habilidades e, enfim, poder dizer que “toca piano”.
Essa história foi meio longa, eu sei.
Mas é imprescindível que meus alunos entendam essa diferença de perspectiva.
“Tocar” um instrumento não é tão difícil.
Fazê-lo com segurança, que é a sensação que todos querem ter, já não é bem assim.
(Nota: Se você é um estudante intermediário de piano e sente que está empacado no aprendizado, faça seu cadastro pra receber o conteúdo Como Criar Exercícios Para Piano! Cadastre-se aqui.)
Você só cata milho se quiser
Volta e meia alguém me manda mensagem dizendo que “não consegue tocar sem olhar pro teclado”.
Não importa se é partitura…
Ou se é pra tocar cantando…
Ou tocar olhando pra lua…
O fato é que a pessoa não consegue ter um domínio espacial do teclado.
Só consegue tendo contato visual.
Falei sobre isso no vídeo “Como bater os olhos na partitura e saber qual nota tocar”.
E agora vem o diagnóstico:
Isso só acontece porque o estudante quer.
Veja bem:
Se você saltar de um prédio, vai se esborrachar no chão, pode ter certeza de que isso vai acontecer com 99,999% das pessoas que saltarem. Alguém vai ser aquele equatoriano que caiu de um prédio de 47 andares e sobreviveu, mas você é capaz de apostar que será você o representante desse 0,001%?
Bem, assim como pra evitar se esborrachar ao saltar de um prédio é necessário tomar alguma medida que evite o resultado certo (cinto de segurança, um paraquedas, uma rede ou sei lá o que mais)…
Pra aprender a ter o controle espacial do teclado também é necessário fazer alguma coisa.
Não é algo automático.
Por não ser automático, você vai tentar a primeira vez e não vai conseguir.
Isso quer dizer que você deve desistir?
Claro que não.
Lembre-se de quando tentou andar de bicicleta pela primeira vez.
Ou quando tentou coordenar as duas mãos no instrumento.
O que você precisa é continuar tentando.
Claro, não pode tentar de qualquer maneira.
Mas enquanto você não montar a rotina certa, não vai conseguir sair do lugar.
Isso quer dizer que a responsabilidade é sua.
Você conseguirá, mas tem de fazer alguma coisa pra evitar a falha.
Para o problema de catar milho, pode começar seguindo as recomendações que dei no vídeo.
(Nota: Quer entender como iniciar seus estudos de piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)
2 regras para a liberdade rítmica
Alguns dias atrás me perguntaram como funciona a liberdade rítmica na música clássica. É um assunto tão proveitoso que serve para um vídeo no Youtube. E, por coincidência, tenho um canal no Youtube. E, por coincidência das coincidências, abaixo está o vídeo publicado no Youtube pra falar sobre 2 regras bem gerais pra entender a liberdade rítmica na música clássica.
Assista aqui:
(Nota: Se você é um estudante intermediário de piano e sente que está empacado no aprendizado, faça seu cadastro pra receber o conteúdo Como Criar Exercícios Para Piano! Cadastre-se aqui.)
Como acertar uma tecla com posição relativa
Provavelmente você já me ouviu falando sobre “preparar” o salto antes de tocar.
É simples:
Ao invés de chegar sentando a mão nas teclas, apenas posicione os dedos corretamente em cima das teclas.
Faça isso muitas vezes.
Faça isso com posições diferentes da mão.
É assim que se aprende a dar saltos com precisão.
Mas não devemos parar por aí, dessa habilidade de dar saltos no piano, podemos continuar a desenvolver mais outras habilidades. Como, por exemplo, acertar uma tecla a partir de uma posição relativa.
Na maioria das vezes os saltos estão relacionados com oitavas.
Então rapidinho temos o formato de “oitava” definido.
Ao abrir a mão, o formato de oitava surge automaticamente.
(Digamos que é um efeito colateral excelente da preparação de saltos)
No caso de termos de acertar uma nota isolada com o dedo 5, aí a coisa muda de figura.
Ficamos meio sem referência pra acertar essa nota isolada.
Por isso o jeito certo de fazer é o posicionamento relativo:
Você arma uma oitava com as mãos e ataca as teclas “mirando” a oitava daquela tecla que você precisa acertar com o dedo 5, mas, ao invés de tocar em oitava, você apenas toca com o dedo 5. E assim você desenvolve a capacidade de precisão baseada em uma posição relativa.
Talvez tenha sido difícil de visualizar o que estou explicando.
Sabemos que uma imagem vale por mil palavras…
E um vídeo vale por mil imagens…
Então largue a preguiça, vá até o meu canal do Youtube e procure por este vídeo:
“Dica para salto e deslocamento das mãos no piano”
Obrigado, de nada!
(Nota: Quer entender como iniciar seus estudos de piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)
3 maneiras de perder tempo no piano
Um homem estava observando seu piano, decidindo se estudaria ou não.
Do nada ele escutou uma voz que disse:
“– Venha! Vou lhe mostrar os modos de estudar errado este instrumento!”
O homem se levantou e seguiu a voz.
A voz o guiou até uma floresta onde um jovem cortava lenha, formando uma grande pilha. A pilha realmente estava grande, encaixada cuidadosamente em um carrinho-de-mão. Logo o jovem largou seu machado e com toda a força possível, tentou levantar e empurrar o carrinho. O trabalho foi em vão, o carrinho sequer saiu do lugar.
Mas, ao invés de aliviar a carga, o jovem cortou mais lenha.
E deixou a pilha ainda maior.
A voz então conduziu o homem um pouco mais à frente.
Ali ele viu um pequeno lago.
Nas margens uma mulher tirava um pouco de água do lago e colocava em um vaso rachado.
Ela despejava água e a água saia toda pelos buracos do vaso.
Então a voz disse:
“– Venha! Vou lhe mostrar mais uma coisa!”
Então o homem foi conduzido até a frente de um castelo imenso e magnífico.
Acontece que a porta de entrada deste castelo era bem estreita.
E nessa porta dois homens montados a cavalos tentavam passar ao mesmo tempo.
Nenhum deles iria recuar, então nenhum deles jamais conseguiria entrar.
Como não aguentava mais de curiosidade, o homem perguntou:
“– O que esses três eventos tem a ver com o estudo de piano?”
E a voz respondeu:
“– O jovem que cortava e empilhava lenha é aquele que estuda de qualquer jeito. Ele vai até o piano, segue exercícios, lições, métodos, mas não consegue sair do lugar porque não tem objetivo e nem tenta entender como fazer pra obter o resultado. Simplesmente faz por fazer.”
A voz continuou:
“– A mulher no lago é como aquele estudante que não tem disciplina. Só vai até o instrumento uma vez na vida e outra na morte. Assim fica impossível de desenvolver as habilidades. Tudo o que podia ser aprendido é perdido por falta de continuidade.”
“– E os dois homens no castelo?”, perguntou o homem.
E a voz:
“– Esses dois homens representam duas forças internas: teimosia e afobação. A primeira nunca dá ouvidos às lições e está sempre procurando um pulo do gato, uma artimanha, algum atalho tosco. A segunda força quer tudo pra ontem, não está disposta a fazer as coisas com seriedade e quer chegar no destino sem percorrer o caminho. O estudante vê o mundo musical a sua frente (o castelo), mas não consegue usufruir por teimosia e afobação.”
(Nota: Se você é um estudante intermediário de piano e sente que está empacado no aprendizado, faça seu cadastro pra receber o conteúdo Como Criar Exercícios Para Piano! Cadastre-se aqui.)
O diabo está nos detalhes
Na mensagem que enviei sobre o vídeo de dicas de respiração, escrevi que “indicar algo genericamente é difícil”.
Me referia a indicar algo pra controlar a respiração.
Ninguém perguntou, mas explico assim mesmo o motivo de ser difícil.
Das três dicas dadas no vídeo, apenas uma era relacionada diretamente com respiração.
As outras duas se referiam a algo indireto.
O fato é o seguinte:
É simples entender que é preciso encontrar as frases musicais e, a partir delas, controlar os pontos de respiração. Também é simples fazer isso bem devagar. É simples você conseguir controlar a respiração nas três primeiras frases da música. Até aí, sem problemas.
O diabo está em fazer isso com continuidade.
Em começar e terminar uma música toda.
Por isso as duas outras dicas do vídeo são importantes.
Elas indicam que não é preciso fazer mais do mesmo.
É preciso uma mudança de vida.
No caso, estudar a técnica e praticar alguma outra atividade física.
Aí sim a pessoa será capaz de controlar a respiração mesmo.
Pensando bem, isso se aplica em um sentido mais amplo:
Não é tão difícil copiar um tutorial por aí.
(Se fosse, não existiriam tantos viciados em tutoriais)
Encontrar as teclas mais ou menos certas e fazer a imaginação trabalhar pra considerar que o trabalho está bom, é uma coisa fácil. Difícil mesmo é polir mais um pouco a execução pra que alcance um nível de beleza aceitável.
Difícil é desenvolver a capacidade de conseguir tocar aquela música com um pouco mais de velocidade.
E pra isso não tem milagre.
Precisa daquela mudança na vida…
Que, nesse caso, chama-se “estudo”, ou melhor, rotina de estudo.
(Nota: Quer entender como iniciar seus estudos de piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)
Vamos falar de carreira por um segundo…
Não comecei este trabalho pela internet pra ajudar pessoas na sua carreira musical.
O motivo é simples:
Não sei nada sobre como criar uma carreira.
(“Não sei nada” é eufemismo pra “não quero saber desse assunto” :P)
No sentido normal do termo “carreira”, algo como um percurso profissional que cria uma rede de contatos e atuações a serem tratados como um ofício, já desisti de ter uma faz tempo. A necessidade de tapinhas nas costas, sorrisinhos amarelos e alianças políticas que a “rede de contatos” exige pra manter-se no percurso profissional, me fez desistir.
O que não quer dizer que eu tenha desistido das atuações.
Como sempre falo, “música pra si mesmo” não é música.
Toquei nesse assunto não apenas porque existem vários jovens que me perguntam sobre esse assunto, já que estão interessados em saber “quanto vão ganhar pra ser músico”, mas também porque recentemente uma aluna VIP me fez exatamente esta pergunta:
“Qual caminho seguir pra atuar no meio musical?”
Essa pergunta me fez lembrar da minha própria história.
E repito aqui (mais ou menos) a resposta que dei pra ela:
Há alguns anos meu foco era a “carreira”.
(No sentido normal que dei acima).
Estava tocando com alguma frequência em salas importantes no Brasil e na Europa.
Mas sempre é possível deixar tudo mais sólido.
Em uma das conversas com o grande Nelson Freire, tomei a liberdade de perguntar o que deveria fazer pra conseguir atuar mais. Achava que ele ia me dar uma solução genial ou passar algum contato importante, mas tudo que ele me disse foi:
“Você precisa é estudar! Aprender de verdade. Está com a cabeça na carreira, mas cadê a MÚSICA? Você precisa tocar melhor”
Ele estava certíssimo!
Eu pensava obstinadamente em carreira e a música estava cumprindo o papel de trampolim pra que eu realizasse o sonho de ser famoso.
Ganhar dinheiro…
(Ou pelo menos pagar as minhas contas hehe)
Ser culto…
Atuar no meio de pessoas interessantes…
Fazer sempre algo tão lindo assim etc etc…
A verdade é que todas essas coisas são periféricas, e muitas delas completamente ilusórias.
O que entendi do que o Nelson me falou é que tudo o que vai ditar o poder de atuação é a REAL capacidade.
Foi aí que comecei a perceber que realmente não me interessava pela parte “política” da carreira.
Sei que tem gente que consegue passar por ela sem afetar-se.
Mas não é o meu caso.
O que posso recomendar mesmo é:
Estude! Estude muito! Escute música com frequência, grave-se, leia sobre música, pesquise. Coloque toda a energia de ação, que está querendo correr atrás de carreira, no estudo. Troque o foco. Só assim sua possibilidade de atuar vai se tornar mais clara. E pode ter certeza de que vai ficar bem clara!
Digo isso porque foi o que aconteceu comigo.
Assim que esqueci a definição normal de “carreira”, outras possibilidades se abriram.
Possibilidades que se encaixam muito melhor na minha personalidade.
Enfim, eu não queria falar nada sobre “carreira”, mas acho que até saiu alguma coisa.
Espero que sirva pra alguém.
(Nota: Se você é um estudante intermediário de piano e sente que está empacado no aprendizado, faça seu cadastro pra receber o conteúdo Como Criar Exercícios Para Piano! Cadastre-se aqui.)
Evitando a morte ao tocar piano
Muitos alunos têm dificuldade de controlar a respiração enquanto tocam e isso pode ser a causa não apenas de morte por asfixia, mas, pior do que isso, pode arruinar com a execução musical. Relutei um pouco pra falar sobre isso, já que indicar algo genericamente é difícil.
Abaixo está um vídeo dando algumas dicas.
Confira aqui:
(Nota: Quer entender como iniciar seus estudos de piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)
5 indicações da partitura que o quase-intermediário deve dar atenção
Existe um momento nos estudos de partitura que a decodificação não é mais um problema.
Normalmente isso indica que o estudante está entrando em um novo mundo.
É o mundo inexplorado de todas as partituras existentes.
Agora é questão de explorar esse mundo.
Mas ainda é preciso fazer as coisas com calma. Provavelmente o estudante ainda está longe de poder olhar a partitura como um todo. Ainda falta aquele olhar da experiência que não deixa confundir uma coisa pela outra.
Por isso aqui vão 5 indicações, em sequência, que esse estudante deve dar atenção.
1) Armadura de clave
Se treinou escalas, não há muito segredo.
Ainda é comum deixar passar alguns sustenidos ou bemóis.
Então preste bastante atenção na armadura.
2) Fórmula de compasso
Por já ter estudado outras peças, embora não muitas, esse estudante já pode recorrer à memória pra identificar qual é a sensação rítmica que ela pretende.
Isso é muito útil.
3) Altura das notas
Existem grandes saltos ou sequências de notas que podem apresentar alguma dificuldade técnica?
Começar pelo que é mais problemático é uma ótima tática.
4) Ritmo
Alguma divisão rítmica desconhecida?
O solfejo pode ajudar a decifrar algo ainda obscuro.
5) Articulação e dinâmica
Em quais pontos as notas são mais ligadas?
E quais são menos?
Sabendo as indicações de articulação presentes na peça, e a intensidade geral utilizada, é possível pensar quais exercícios técnicos são mais proveitosos e eficazes pra favorecer o seu mecanismo a executá-la.
Enfim, esse é um tipo de sequência de estudo bem enxuto.
Outros tipos são possíveis.
Claro, não importa o nível do aluno, qualquer uma dessas indicações são importantes, mas o ponto é que, por falta de experiência, é melhor que o aluno quase-intermediário dê atenção especial pra essa sequência.
(Nota: Se você é um estudante intermediário de piano e sente que está empacado no aprendizado, faça seu cadastro pra receber o conteúdo Como Criar Exercícios Para Piano! Cadastre-se aqui.)