A maldita síndrome do REC

Duas mensagens interessantes que recebi nos últimos dias…

Esta do Frederico Viana:

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Como eu estudo depois que todos vão dormir fica um pouco complicado realizar gravações, desta forma, fiquei postergando, enfim, quando fiz a primeira vez e vi, foi como ter levado um tapa da cara (por que diabos não deu um jeito e gravou antes?), a percepção dos erros se torna muito mais clara abrindo caminho para evoluir cada vez mais.

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E esta da Márcia Breder:

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Hoje realmente descobri o quanto é importante estudar gravando, como vc já havia falado. Vi os meus erros no modo de tocar.

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Filmar-se é um santo remédio.

Desse jeito você percebe a música que está produzindo.

Muitas vezes prestamos atenção na música mental ao invés de escutar a música real.

Acontece que filmar-se não é lá muito agradável.

A maldita síndrome do REC ataca a todos:

Tudo está bem até que você aperta o REC e começa a filmar…

Aí parece que você esquece até o próprio nome.

As notas e as teclas então, parece que você nunca as viu.

No Youtube já publiquei vídeos comentando algo sobre os tipos de memória que estão em jogo ao tocar um instrumento e, mais importante ainda, o 3º elemento esquecido (além do músico e da música): o ouvinte. A filmadora é uma espécie de ouvinte, portanto ela altera todo o cenário que você está acostumado a lidar quando está tocando.

E quando o cenário é alterado, travamos.

Veja só:

Quando digo que essa história de “tocar apenas pra mim” é uma armadilha, muitos pensam que pretendo formar músicos que façam apresentações públicas…

Ou que tenham alguma atuação profissional.

Não é nada disso.

Acontece que “tocar apenas pra mim” é você se acomodar com o cenário.

Colocar um ouvinte é uma tática pra aprofundar sua capacidade de tocar.

(Alguém pode dizer “sair da zona de conforto”, mas odeio esses termos de guru)

Ok…

E como resolver a maldita síndrome do REC?

De novo, utilize a tática do compromisso:

Escolha um dia da semana pra se filmar.

Não importa que você não esteja tocando bem.

O objetivo é se acostumar com a presença opressora do 3º elemento.

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