Algum tempo atrás ouvi falar de uma doença chamada:
“Catalepsia patológica”
Na reportagem que li, explicava que o corpo da pessoa fica rígido, embora sem espasmos ou contrações. O mais impressionante é que muitas pessoas atacadas por esse mal foram consideradas MORTAS, devido o estado de paralisia em que fica o corpo.
Isso me fez lembrar de um problema muito comum entre os estudantes de piano.
O fato de que eles sentem que não estão tocando a música com vida, ou até mesmo o caso em que outras pessoas lhe dizem que faltam sentimentos na sua execução.
Apesar de acertar as notas e manter o andamento constante, nada tira do estudante a opinião de que sua música está morta.
Esse seria um caso de “catalepsia patológica musical”.
E o tratamento para essa doença?
Simples: desenvolvimento técnico.
Não o desenvolvimento técnico normalmente entendido, mas uma gama de aspectos que estão sempre entre um desses itens:
— Apesar das notas certas, você está tocando sem titubear, com segurança?
Pois pequenos esbarrões podem impedir a compreensão da música;
— O ritmo está estável ou existe muita variação? Suas mãos e seu corpo estão preparados para alcançar uma estabilidade rítmica?
— Algumas notas estão recebendo mais acentos do que outras, sem nenhuma necessidade?
Sem isso, a gramática musical se perde, nublando totalmente o sentido.
— E os silêncios da música, estão de acordo com as frases musicais?
— Você toca em um andamento estável, mas é o andamento correto? Como você está controlando essa estabilidade?
etc…
O objetivo final da música é realmente provocar algum estado emocional, mas isso não exclui o conhecimento técnico que é necessário estudar para alcançar a produção desse resultado.
(Nota: Se você é um estudante intermediário de piano e sente que está empacado no aprendizado, faça seu cadastro pra receber o conteúdo Como Criar Exercícios Para Piano! Cadastre-se aqui.)