Improvisação não é improvisação

Perguntaram no Facebook: “Improvisação é música?”

Minha resposta foi:

“Claro! Improvisação só não é improvisação”

Já conheci muitas pessoas que confundem “improvisar” com não estudar muito.

Diga isso pra algum jazzista.

Ele vai jogar na sua cara todos os anos que ele passou absorvendo repertório, dissecando técnicas, fazendo junções de músicas, dividindo músicas, ouvindo músicas e tentando decifrar toda a rede de coisas utilizadas na composição.

Leia biografias de improvisadores.

Perceba que não há nada improvisado ali.

Além do mais, pensar que qualquer pessoa que “improvisa” é capaz de fazer todas as coisas que todos os improvisadores já fizeram é apenas ingenuidade.

É o mesmo que acontece com qualquer tipo de estudo.

Alguns vão se dedicar pra entender os princípios e poder aplicá-los em várias ocasiões.

Outros estão satisfeitos em apenas repetir.

Enfim, o nome “improvisação” é realmente infeliz.

Mais confunde do que explica.

Além disso, músicos desse tipo não precisam aprender a lidar com o ritmo, a dar saltos, a trabalhar dinâmica, a fortalecer os dedos para realmente tirar o som e tocar com segurança? Bem, então também a polêmica do “improvisadores não precisam de técnica” tem de acompanhar um baita asterisco explicando em letras miúdas que “não precisa, mas precisa sim”.

Os improvisadores que visitam este blog podem confirmar o que estou dizendo.

Muitos deles vem estudar piano comigo.

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