O som possui 4 propriedades perceptíveis com nossos ouvidos (sem nenhuma necessidade de aparelhos especiais ou investigação especulativa): duração, intensidade (mais fraco ou mais forte), altura (mais grave ou mais agudo), e timbre (qualidade da “voz”: voz humana, piano, violino, flauta, etc etc etc).
E digam o que quiserem…
A notação musical das partituras consegue, com elegância e VERDADE, representar SUFICIENTEMENTE (eu não disse totalmente) essas propriedades.
A figura de nota e o andamento indicam a “duração”.
Os sinais de dinâmica indicam a “intensidade”.
A posição das figuras e a clave indicam a “altura”.
O instrumento mesmo é o “timbre”.
Foram séculos e várias gerações de notações diferentes testadas.
Até que se chegou no ímpeto de padronização dos séculos 18, 19 e 20…
E temos nossa atual forma de notação das partituras.
Acho elas fantásticas e imbatíveis.
São abstratas e significativas, esquemáticas e indicativas… tudo isso na medida correta.
Mas claro que é preciso disciplina pra aprender a entendê-las e executá-las.
E isso assusta alguns iniciantes.
Portanto, até o fim dos tempos, haverá novas iniciativas de substituir e melhorar a notação, principalmente com o intuito de não dar sustos nos iniciantes. Muitas iniciativas didáticas são bem-vindas, eu mesmo utilizo várias. Agora, alguns alunos me perguntam sobre essa ou aquela nova iniciativa que pretende REVOLUCIONAR e substituir a notação padrão…
Bem, isso é o que veremos.
(o futuro dirá o quanto são revolucionárias e boas)
A notação que temos hoje é universal e boa o suficiente.
E por enquanto não está ameaçada por nenhuma iniciativa “revolucionária”.
Portanto eu acho que, sim, simplificações didáticas são uma boa idéia.
(e até inevitáveis)
Mas não aquelas que pretendem afastar os interessados da notação estabelecida.
Porque essa é uma chave para um tesouro inestimável.
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