Dividido pra conquistar, mas lembrou de unir pra tocar?

Primeira lição de quem não quer tocar apenas uma nota por 4 tempos na mão esquerda e um acorde em bloco na mão direita: é preciso dividir o grande problema de tocar a música em problemas menores. A primeira divisão é praticar com mãos separadas. Outra divisão é separar por trechos.

Assim, divisão por divisão, a música pode ser conquistada.

Pronto? Serviço feito?

Se parar por aí, teremos um bando de reis e duques brigando entre si.

Cada trecho separado achará que é mais importante do que o outro…

E não haverá paz entre eles.

A solução?

Criar um grande império, que unifique esses trechos.

Como?

Trabalhando nas fronteiras.

É o que chamo de “Regra de Continuidade”.

Ao fazer uma divisão por trechos, nunca esqueça de adicionar nessa divisão um pouco do trecho anterior e um pouco do trecho posterior. Isso é trabalhar nas fronteiras de modo que elas não fiquem totalmente separadas quando precisar unificá-las e buscar fluência.

Esse trabalho é especialmente válido para trechos mais complicados.

Mas também vale pra mudanças repentinas de humor musical.

Por exemplo, mudanças de velocidade…

Uma escala rápida que desemboca em arpejos mais lentos…

Aplique essa regra de continuidade pra que a diferença não torne os trechos independentes demais.

Isso também vale pra buscar fluência na mudanças de movimento de uma Sonata.

E para trechos que se repetem espremidos entre trechos diferentes.

Enfim, nunca esqueça de trabalhar como o Imperador que está ali pra garantir a união das partes.

Senão seu trabalho não foi feito.

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