A idéia dos iniciantes sobre o dedilhado se divide em:
1) Ou existe um padrão estabelecido, e os mesmos dedos são usados sempre nas mesmas teclas.
2) Ou não existe regra alguma, cabendo aos músicos uma escolha livre.
A verdade é:
Não acontece nem uma coisa nem outra.
As teclas NÃO são sempre atacadas com os mesmos dedos porque isso inviabilizaria a maioria das melodias. Só o desencontro entre os 5 dedos e as 7 notas já é suficiente para abandonarmos essa idéia.
Podemos dizer que a escolha é livre, já que o músico não está obrigado a usar um determinado dedilhado.
Mas a escolha é feita dentro de um quadro de possibilidades amplamente conhecido.
É esse quadro de possibilidades que o treino das escalas e arpejos dá.
Afinal, é treinando as escalas que aprendemos a passagem dos dedos, a distribuir os ataques pelos dedos sem repetir o mesmo seguidamente, a iniciar uma frase com o dedo adequado, e por aí vai. E esse mesmo papel é cumprido pelo treino do arpejos, quando a execução não se refere à teclas próximas.
Depois disso, podemos dizer que o músico vai “escolher” o dedilhado.
Essa escolha será feita em função do objetivo mais importante desse assunto:
A continuidade do gesto, que resulta na continuidade interna da frase musical.
Cada frase exige uma continuidade que NÃO pode ser quebrada.
Isso significa que o começo, o meio e o fim das frases têm de ser executados com clareza, sem quebras.
Se houver uma quebra, o resultado será um novo início, e uma divisão da frase em partes desconexas.
A intenção principal que o músico tem ao escolher um dedilhado é que ele proporcione a fluidez necessária ao gesto, para que a frase saia com continuidade.
No início, você deve seguir as indicações do professor, imitando os dedilhados que ele usa. Depois, quando você já souber ler partituras, poderá seguir as sugestões que muitos editores dão nas suas publicações. Com o passar do tempo, depois de ter assimilado muitos dedilhados, você também poderá escolher o mais adequado para a melodia que estiver tocando. Isso acontecerá naturalmente.
Você pode se perguntar:
“E por onde eu começo?”
Naturalmente minha resposta é: imitando um professor.
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Além de estudar músicas e escalas, esse treinamento oferece exercícios para o desenvolvimento mecânico das mãos e dedos.
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