Muitos meses atrás me perguntaram:
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eu faço graduação na área da Saúde, e como esperado, é tudo muito puxado, e não sobra tanto tempo quanto eu gostaria para poder me desenvolver como pianista também. Imagino que muitas pessoas estejam aprendendo piano, mesmo com tempo escasso por terem uma afinidade especial com a música ou com o instrumento (pelo menos esse é o meu caso, tenho uma relação muito íntima e forte com o instrumento e com música erudita no geral). A sugestão é: Você poderia fazer um vídeo de…dicas ou sugestões, ou algo nesse sentido, para pessoas que levam o estudo da música e do piano como algo paralelo a sua profissão ou à sua área de estudos “principal”. Acredito que tenha algo à acrescentar.
(Óbvio que não estou pedindo para resolver meus problemas, hahahahahahaha. Mas às vezes, um insight pode ajudar muito)
Continue com o excelente trabalho que você faz aqui. Tem minha admiração e respeito. Abraço! 😀
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Simples:
Eu não planejo nenhum novo curso…
Nenhum novo roteiro de vídeo…
Nenhuma dica maneira…
Nem escrevo um e-mail sem estar direcionado pra quem quer aprender piano de maneira paralela.
E sejamos sinceros…
“Paralela” nada…
É amadora mesmo.
Amadora no sentido de que não é “profissional”, ou seja, não é pra quem faz do piano sua profissão.
Os profissionais podem se beneficiar?
Podem.
Mas não me preocupo com eles.
Muito bem, então.
Fora todo esse meu trabalho que já é voltado para amadores (sempre no bom sentido, lembre-se disso), tenho alguma coisa pra acrescentar?
Aqui vai minha visão da mentalidade amadora correta:
Jamais aprenda piano por hobby.
Nem por passatempo.
Nem pra “tocar pra mim mesmo”.
Se colocar o piano nessa caixinha aí, prepare-se pra sempre ficar inseguro, pra sempre negligenciar as coisas importantes que precisa aprender, de sempre apelar pro “agora estou cansado demais, fica pra depois”, de ficar no eterno nível de “assim já está boa essa música, vou tocar outra” sem jamais se provar na realidade se ela está mesmo boa…
Enfim…
Essa é a caixinha do desleixo, do começa-e-pára, e da eterna auto-indulgência.
Qual a caixinha certa mesmo para o pianista amador?
A melhor palavra que posso descrever é a caxinha do comprometimento.
Aquilo que é uma responsabilidade REAL.
Não tenho certeza se essas são palavras exatas para descrever.
Com certeza as palavras “disciplina” e “dedicação” não servem, por que não se trata disso.
É uma outra coisa.
Agora, pra sair dessa coisa mística e “ai que palavras bonitas” mas sem significado, essa caixinha que estou querendo descrever é a caixinha que vai te levar a estudar piano TODOS OS DIAS. Essa é a consequência visível. Senão se trata mesmo de palavras bonitas mas vazias.
Será que isso foi um bom insight para os pianistas amadores?
Não sei.
Espero que sim.
(Nota: Totalmente iniciante no piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)
