Os segredos de Rick Grimes para aprender piano
Se você conhece a série The Walking Dead, certamente sabe quem é Rick Grimes.
Ainda não avancei muito nas temporadas, mas Rick tem muito a nos ensinar.
Rick acorda de um coma num mundo totalmente transfigurado…
Tudo está tomado por zumbis!
Por mais patético que seja (e foi num momento cabeça-de-pudim que decidi começar a ver essa série), se você prestar bastante atenção, os zumbis são um detalhe muito secundário de toda a trama. E todo estudante de piano tem de passar pelas mesmas etapas que Rick.
Vejamos…
1) O Terrível Começo:
Ao sair do hospital totalmente tomado por zumbis, Rick sai cambaleando, tonto depois de tanto tempo em coma.
Ele não está entendendo nada.
Um monte de destruição.
Um monte de gente morta.
Um monte de gente morta andando.
Nada faz sentido.
Pouco do velho estilo de levar a vida ainda tem utilidade.
Percebeu a analogia?
Todo mundo começa assim no piano.
Inseguro com cada esquina a dobrar.
O zumbis com certeza são as caraminholas que dominam a mente do estudante iniciante: “não estou conseguindo”, “não estou entendendo”, “isso não é pra mim” etc.
Acontece que essa fase é muito necessária.
Sem a suspensão e as dúvidas ele não pode ser levado à próxima…
2) Tomada De Decisão:
Poderia ser resumido por “determinação”.
(odeio essas palavras prontas cheias de falta de significado)
Rick olha para o cenário que se encontra.
Ele poderia desistir e se entregar.
Muitos enlouqueceriam em uma situação dessas.
Mas ele toma a decisão que vai guiar toda sua evolução na trama:
“Preciso encontrar e cuidar da minha família”
Talvez seja a fase em que cai a ficha do estudante de piano. Ele percebe que pode ficar na brincadeira, talvez se enganando que está feliz com pouca coisa, mas o que ele precisa é determinar um objetivo claro pra guiar sua jornada.
3) Não Estou Nem Aí:
Um guru de auto-ajuda poderia invocar a “adaptabilidade”…
Esqueça isso.
O que Rick faz é pegar o touro pelo chifre.
Ele aprende a lidar com os zumbis.
Aprende como sobreviver.
Aprende que não é mais possível viver como antes.
Ele não está nem aí para o que tem de enfrentar e alcançar o objetivo.
Nesta fase muitos estudantes de piano escorregam para a auto-piedade. Sempre chorando que se a vida fosse diferente, poderiam realizar o sonho. E é esse o tipo de zumbi que os devoram. E o ciclo continua… zumbis gerando zumbis.
Como disse, não avancei muito nas temporadas pra saber se Rick mantém sua postura…
O importante é perceber, como ele, que mesmo em um cenário desolador e desesperador, ainda existem muitas oportunidades a ser aproveitadas.
Mas é preciso ser esperto como as serpentes.
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A mãe de todas as bombas
Os Estados Unidos ter utilizado a maior bomba não-atômica algumas semanas atrás já é algo espantoso em si.
Mas me chamou a atenção o apelido de tal bomba:
“A mãe de todas as bombas”
Quem não ficaria com receio de ser atacado por isso?
Desde que vi a notícia desse ataque, e fiquei sabendo do apelido, não saiu mais da cabeça o comportamento comum de sempre procurar um pulo do gato. Aquilo que parece que vai resolver todos os problemas. Já falei várias vezes: O maior pulo do gato… A mãe de todas as bombas anti-problemas no piano… É a rotina de estudos.
“Poxa, Felipe, que coisa mais desanimadora!”
Bem, utilize o nome moderninho de “continuidade” ou “consistência”.
Mas saiba que é apenas um subterfúgio linguístico para “rotina” + “estudo”.
Ok, quem me acompanha já sabia disso.
Acontece que não sou contra truques.
Claro que não.
Basta olhar meu canal no Youtube.
É basicamente formado de truques técnicos.
Como encarar a coordenação das mãos…
Como estudar as notas duplas…
Como lidar com os saltos…
E por aí vai.
Então quando você estiver estudando dentro de uma rotina, basta utilizar os truques que ensino que, aí sim, eles trarão resultado. Caso contrário o resultado será o mesmo de lançar uma super bomba contra o Estado Islâmico e só, mais nada.
Qual será o resultado disso?
Só dará mais força ao inimigo.
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Cuidado pra não ser tão bom que perca o lugar no mundo
O filme japonês “Depois da Chuva” (1999) com certeza está na minha lista de filmes preferidos.
Não tem nada a ver com música.
Nem com piano.
É sobre um samurai sem senhor e sua grande virtude.
É um filme simples com uma mensagem explícita:
As pessoas virtuosas não tem lugar no mundo.
Pessoalmente acho que não existe nada melhor do que viver em desacordo com o mundo. Fazer algo por princípios que não são subjetivos, nem conveniências de momento, nem porque é gostosinho. Pois é isso que o mundo espera: que façamos as coisas por aparência e por satisfaçãozinha.
Isso é tão sério que toda vez que aparece alguém dizendo:
“Felipe, quero aprender a tocar pra mim mesmo, não tenho grandes pretensões”
Minha resposta é:
“Ok, entendo perfeitamente o ponto, mas esse ‘tocar pra mim’ é o que faz o projeto de aprender piano já nascer morto”
Simples:
A lógica do mundo é “fuja da dor e busque o prazer”.
Então, logo nas primeiras dificuldades, você vai desistir.
Se conseguir vencê-las, logo vai pular etapas e ignorar conselhos pois “não tem grandes pretensões”.
Não entenda isso como um conselho pra tornar-se profissional, o público que busco aqui na internet é justamente dos não-profissionais. O que quero dizer é que você deve colocar algo fora de si mesmo como objetivo. Dê algo de graça para o mundo pra quebrar essa lógica. Por exemplo:
Coloque como objetivo tocar pra algum parente, amigo, vizinho, conhecido etc.
Sem mais nenhum objetivo maior do que simplesmente tocar pra eles.
Veja bem:
Se você continuar com essa de “tocar pra mim mesmo”, tudo bem, vá fundo, mas isso não é tão diferente de usar drogas.
Claro, você estará dentro da sua casa, sem incomodar ninguém por aí…
Mas é uma espécie de autodestruição.
Faça um teste:
Estude por um tempo com o objetivo que não seja você mesmo.
São grandes as chances de melhorar muito sua maneira de tocar…
E, por acréscimo, melhorar como pessoa.
Isso que é mostrar o dedo do meio para o mundo.
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Uma rasteira nos cabeças-de-pudim
Depois das “5 maneiras cabeça-de-pudim de aprender piano”, minha aluna Michela Marques pergunta:
“Quais são os 5 comportamentos
opostos ao cabeça de pudim?”
Muito perspicaz a pergunta da Michela…
Como disse antes, sou preguiçoso, então vamos resumir:
O comportamento mais correto é utilizar a imitação como ferramenta de estudo.
Eis o ponto:
Venho falando sobre imitação desde que publiquei algo na internet.
E muita gente simplesmente pensou:
“Oba! Agora ganhei respaldo pra ficar nos tutoriais pelo resto da vida!”
Ah, meus queridos viciados em tutoriais, vocês estão muito enganados.
Lamento lhes passar essa rasteira:
Tutoriais não passam de guia de teclas.
E a imitação serve pra desenvolver seu ouvido.
Alguém duvida que pra conseguir fazer qualquer frase musical que seja, é necessário ter um ouvido que saiba pra onde aquela frase está indo? Alguém duvida que o ouvido precisa estar preparado pra compreender as variações rítmicas? Nem vou perguntar sobre timbre, porque é óbvio demais que você precisa saber a diferença entre um galo cantando e o Rubinstein tocando Chopin.
Como relacionar essa produção de som sem imitar os movimentos e modos de outra pessoa?
Se você estivesse aqui do meu lado, existem 1.001 maneiras de fazer esse guiamento.
Mas pela internet a imitação se provou imbatível.
Caso minha intenção fosse criar um exército de cabeças-de-pudim, bastava eu criar um pacote de 200 aulas com as músicas mais conhecidas possíveis e vender feito água no deserto.
O pequeno porém é que não busco a satisfação dos que querem ser meus alunos.
Eu busco ensiná-los a tocar piano.
Por isso a imitação deve ser usada como ferramenta…
Não como arma definitiva.
Espero que a Michela e quem mais tenha pensado no assunto fique satisfeito com a resposta.
Com o tempo, mais e mais princípios serão revelados.
Quem viver, verá.
(Nota: Para entender como começar a estudar piano por meio da imitação, cadastre-se no Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)
5 maneiras cabeça-de-pudim de aprender piano
Não posso negar: sou um cara preguiçoso.
E nada deixa um preguiçoso mais feliz do que fazer tudo da maneira cabeça-de-pudim:
Sem pensar, sem entender, sem se esforçar…
Só fazer um mínimo e mais nada.
No piano existem 5 comportamentos de pudim muito comuns:
1) Fazer as lições somente na presença do professor.
2) Dedicar-se por demais em exercícios repetitivos.
3) Entrar na imitação e permanecer lá pra sempre.
4) Tentar resolver uma dificuldade e, na primeira, dizer “- Ah não consigo! Isso não é pra mim…”
5) Decorar uns 5.655 acordes porque alguém disse que é o pulo do gato.
Acho que vale a menção ao “desejo mais cabeça-de-pudim” existente que é o desejo de que algum dia alguém vai inventar uma injeção, ou um tratamento por remédios, e que aprender piano ou qualquer outra coisa será uma ação instantânea. Lamento informar que isso nunca vai acontecer. E mesmo para os crentes convictos que ficam ofendidos com um “isso nunca vai acontecer”…
Basta saber o seguinte:
Caso isso realmente aconteça, aprender piano ou qualquer outra coisa não será mais desejável.
Existem várias coisas que podem ser aprendidas por passo-a-passo no piano…
Mas não espere que esse seja o comportamento geral.
(Nota: Se quiser começar a entender como estudar piano pela internet, algo que não seja para os cabeças-de-pudim, então cadastre-se no Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)
Financiando um sanduíche de presunto
Estou prestes a fazer a quarta mudança de casa dos últimos dois anos.
Quem vive de aluguel conhece o transtorno.
Por isso resolvi visitar um professor meu e garantir uma conversa antes de me afastar mais.
Mas temos um problema.
Esse professor mora em um dos países mais caros do mundo:
A Suíça.
É possível perceber o alto preço de lá por 2 motivos:
1) Pela quantidade de Lamborghinis.
2) Pelo preço de um sanduíche de presunto.
Como não sei diferenciar uma Lamborghini de uma marca chinesa, fica mais fácil comparar com o sanduíche. E na Suíça, ele custa exatos 63 reais (ou 18 euros). Ter de pagar multa de aluguel, transporte da mudança, compra de outros móveis e ainda pagar 18 euros em um sanduíche de presunto não é lá a coisa mais sensata do mundo. Com certeza não é.
Mas fui visitar o professor mesmo assim.
A conta não fechava, mas não era a sensatez da calculadora que eu buscava.
Encurtando a história:
O tamanho do benefício proporcionado por essa conversa com o professor, justificou todo o gasto de um dinheiro que eu não tinha e de um tempo que eu não poderia gastar.
Isso é assim ao estudar música.
Se colocarmos na calculadora, o resultado nunca fecha.
Ou estamos velhos demais.
Ou sem dinheiro demais.
Ou sem tempo demais.
Ou música tem importância de menos.
Acontece que a solução é simples:
Realmente pode ser que tenhamos nos enganado. Pode ser que não queríamos mesmo estudar música. Mas se formos pacientes, se ignorarmos essa sensatez da calculadora, criamos a chance de conhecermos a nós mesmos, de saber em que lugar podemos chegar.
Por isso é essencial manter aquele mínimo de estudo que sempre recomendo.
A calculadora vai dizer que 20 minutos são insuficientes.
Ok, ela tem alguma razão.
Mas a calculadora não enxerga o fio que nos mantém no caminho.
E como ela poderia enxergar?
É apenas uma máquina de causar desânimo.
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Como estudar independência avançada das mãos
Meu aluno Gil de Macedo pergunta (parafraseando):
“Como estudar independência avançada das mãos?”
Bem, em primeiro lugar, nenhuma das mãos deve ter um bloqueio técnico.
Normalmente as pessoas tem um problema com a mão esquerda.
Isso deve estar resolvido.
Depois disso, nenhum exercício é necessário.
A tendência de exercícios é que os façamos no modo cabeça-de-pudim:
Ligamos o piloto automático e nosso corpo que faça o trabalho.
Isso é bom.
Mas não para a independência avançada.
Aqui precisamos de Bach e sua polifonia.
O ponto é que a independência profunda e avançada das mãos não é um trabalho das mãos. É um trabalho nosso. Não são nossas mãos que simplesmente executam o trabalho técnico. É o pianista mesmo que deliberadamente utiliza as mãos como ferramenta pra expressar aquilo que ele experimenta internamente. E a polifonia de Bach cria o cenário ideal de desafio pra nós (e não apenas para as mãos).
Ali não existe hierarquia entre o trabalho das mãos.
Ou as duas fazem o trabalho de executar todas aquelas melodias entrelaçadas, ou então o trabalho não é realizado.
E, como eu disse: seu mundo interior tem que enxergar isso.
Por isso o modo cabeça-de-pudim não serve.
Claro, tudo isso tem que estar assentado sobre uma base técnica.
E é por isso que insisto tanto nisso.
Por que a liberdade no instrumento está ligada com as habilidades do pianista.
E quem só fica falando de como é lindo poder tocar, mas nunca se dedica em ensinar a base técnica, está só tornando impossível o que é apenas trabalhoso.
A independência avançada é necessária pra todos?
Isso não sou eu que decide.
É você.
Quanto de liberdade você pode e quer obter?
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Mijando fora do penico
É absolutamente saudável explorar qualquer material sobre música.
Não existe barreira nos estudos.
Quando as crianças se metiam em conversa de adulto, uma tia minha costumava dizer “– Vocês estão mijando fora do penico, voltem lá para o Popeye e não se metam”.
Isso não acontece por aqui.
O estudo burocrático e inflexível só funciona pra poucas pessoas.
E pela internet é impossível de controlar isso, então esqueçamos os níveis.
Claro que o assunto não termina por aqui.
Existe um complicador…
A alma humana não foi feita pra se concentrar em vários assuntos ao mesmo tempo, por isso sempre recomendo criar um núcleo central de estudos, algo que você saiba que é o material principal do desenvolvimento das suas habilidades. Se fizer isso, se tiver um porto seguro pra voltar, qualquer aventura que faça pelos sete mares, não apenas se tornará mais prazerosa, mas também muito mais lucrativa.
De que adianta encontrar tesouros em ilhas selvagens, sem um lugar pra investir os lucros?
Como professor, estou preocupado que o material que forneço seja bem aproveitado.
Eu também não posso prestar atenção em vários assuntos ao mesmo tempo.
Então não embaralhe a sua vida, nem a minha, confundindo a rotina de estudos com a exploração.
Faça o que for possível.
Por exemplo, suponha que você começou a explorar outros assuntos, e entendeu que tem uma dificuldade pra entender a divisão rítmica. Pesquisando mais, você descobre que uma das maneiras de internalizar o ritmo é estudar algo de solfejo rítmico. Que maravilha! Então você começa a estudar solfejo. Mas existem 1.000 maneiras erradas de fazer, e quem pode garantir que você está fazendo certo?
Mas isso realmente não é um grande problema.
Pois você manteve o núcleo principal.
Assim, mesmo tomando alguns caminhos errados, pode aprender com a experiência.
Por isso nunca abandone o caminho totalmente.
Senão você não estará simplesmente errando o penico…
Mas deliberadamente sujando as paredes, as portas, as janelas, os móveis…
E ninguém gostaria de morar em uma casa assim.
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E se você tivesse nascido na Rússia?
Não é sem fundamento o clichê de que professores de piano são carrascos.
Sei de várias histórias de arrepiar.
Principalmente vindas da Rússia…
Imagine que você tem 10 anos e toda semana se encaminha pra casa da sua professora de piano. Mas ela não é uma senhorinha meiga e calma. Não, não, longe disso. Ela é uma professora russa. Então, toda vez que você erra uma nota (eu disse apenas UMA nota), a professora junta todas as partituras e joga pela janela. E é o seguinte, além do frio mortal, as folhas caem todas no meio do trânsito, e você tem de pegá-las porque são emprestadas da biblioteca.
Se você não desmaiou, preste atenção nesta:
Cada vez que você começa a tocar a lição, a professora diz:
“- Como é possível existir um aluno tão idiota?”
E assim, vai…
Até que entra uma pessoa na sala e fala:
“- Menino, o seu pai não é fulano? Puxa, li um texto dele, muito inteligente”
E a professora completa:
“- Como pode um pai tão inteligente ter um filho tão idiota?”
Anos e anos assim.
E o mais impressionante de tudo, é que depois de adulto, cada vez que você fala sobre sua antiga professora de infância, todos percebem a ternura que você tem por ela.
Isso é realmente esquisito.
Tenho certeza que alguns freudianos tem a explicação formulada na ponta da língua.
Se tem alguém do juizado de menores aí, também deve estar subindo pelas paredes agora.
Mas, calma…
Agradeça que você não está na Rússia.
O máximo que vou fazer é mostrar como trabalhar constantemente pra alcançar um resultado, mas se você não quiser seguir, tudo bem, ninguém vai te obrigar a sair no frio no meio dos carros.
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Polido só o carro mesmo
Existem muitas pessoas que tentam ditar meu comportamento pela internet.
“Felipe, não diga isso”, “diga aquilo”, “reveja suas atitudes”…
Por acaso você costuma prestar atenção em sugestões de desconhecidos em comentários pela internet?
Eu não faço isso.
Minha escola de pensamento diz que a idéia não está separada do seu emissor.
Sem conhecer o emissor, você estará entrando numa fria.
E realmente não trato esses recomendadores com polidez, polido só meu carro.
(ultimamente nem ele)
Se você for prestar atenção em tudo que dizem, logo estará desprezando exercícios de piano.
Pois é o que se fala em fóruns em que quase todos são anônimos.
Ou logo vai sentar no chão pra tocar piano.
Porque alguém disse que desenvolve melhor as habilidades…
Como já vi alguém fazendo, e machucando a mão por causa disso.
E todas aquelas pessoas que dizem “é perda de tempo estudar música” ou “música não leva a lugar nenhum”… bem, é uma habilidade muito útil você aprender a lidar com esse tipo de comentário de maneira não polida, embora não agressiva, nem violenta.
Exemplo…
Se alguém disser:
“– É perda de tempo estudar música”
Diga:
“– Eu tenho muito tempo pra perder mesmo”
Pronto. Acabou o assunto.
Ou…
“– Música não leva a lugar nenhum”
Diga:
“– Mas eu quero ficar onde estou mesmo, gosto daqui”
Que resposta poderia existir pra isso?
Enfim, não deixe que comentários de pessoas desconhecidas tire você do caminho.
Não deixe que esses comentários entre em seu coração.
(Nota: E se você ainda não tem um caminho de estudos a seguir, cadastre-se no Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)