Música não é privilégio humano.
Se você acha que isso é exagero… bem, então nunca viu um cachorro cantando junto com o piano, ou um elefante dançando ao som de um tambor, ou até aquele porquinho esperto que responde quando ouve um acorde.
Mas aí vem a pergunta:
Eles estão mesmo “ouvindo música” como a gente?
Nananinanão.
A verdade é que eles sentem a vibração. A batida. O som tremendo pelo corpo. Igualzinho a você quando o vizinho resolve ouvir funk no último volume às 2h da manhã. Você sente. Seu corpo vibra. Não tem como ignorar.
E é isso que os bichos percebem.
Nós também funcionamos do mesmo modo.
Começamos sentindo…
Vibrando…
Batendo palma, batendo o pé, batendo no que dá pra bater.
Nisso, estamos seguindo o “ritmo”.
Ritmo é envolto em repetição.
E é o “coração” musical.
Aliás, sem aspas:
É o coração musical mesmo.
Com a percepção mais aguçada, temos a “melodia”.
Aquela sequência de notas que faz você assobiar sem nem perceber. No começo, cada intervalo entre notas é uma descoberta. A diferença entre um “lá” e um “dó” parece mágica. E quando vemos a ligação disso com o “alfabeto”, digo, com as escalas, puxa!, é de explodir a cabeça!
Mas… e a tal da harmonia?
Essa, meu amigo, é outro bicho.
Ela chega de mansinho. Primeiro podemos lidar com os intervalos mais óbvios: quinta, quarta, terça. Depois, quem sabe, com alguns acordes: os sons que se somam e criam algo novo.
Os acordes simples…
(por exemplo, de tônica, dominante, subdominante)
São percebidos por quase todo mundo…
Mesmo quem nunca estudou música.
Já os mais doidos…
(tipo alguns de Wagner e de Beethoven)
Bom, esses só os mais treinados pegam.
(e às vezes nem eles)
Mas tudo bem…
O segredo da música não é entender tudo.
É sentir.
Sentir a vibração.
Sentir o ritmo.
Sentir a melodia.
E, quando der, sentir a harmonia.
Uma última coisa:
Ouvir música é bom.
Tocar música é melhor ainda.
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