Já que algumas pessoas se espantaram com o “pra tocar rápido é preciso tocar devagar”, então vamos continuar no assunto, aliás, vamos ampliá-lo um pouco.
Existem dois pares de recursos comuns de expressão no piano:
1) Tocar rápido e tocar devagar
2) Tocar forte e tocar fraco.
No meio de cada um desses pares está o normal.
Velocidade normal e toque normal.
Mas a quase todo momento devemos variar.
E como a gente faz pra tocar rápido direito, sem parecer um peru desgovernado?
Devemos tocar o trecho de forma lenta.
Bem lenta.
Várias vezes.
Isso vai fazer você entender o papel de cada nota e a relação de uma com a outra.
Num trecho rápido, é fácil a gente não pensar nas notas individualmente.
Então, tocando devagar, cada uma vai chamar a atenção que precisa…
E o gesto usado pra cada uma vai ser melhor avaliado.
Assim vai ser com os demais recursos:
Em trechos lentos…
Você vai praticar rápido.
Em momentos que é pra tocar forte…
Você vai praticar fraco.
Nos momentos que é pra tocar fraco…
Você vai tocar forte.
Cada uma dessas inversões tem uma razão específica.
Não é tão simples perceber a continuidade da linha melódica quando o trecho é originalmente lento… então você pratica mais rápido pra captar essa continuidade. Não é tão fácil entender a melodia quando você deve tocar forte… então você toca leve pra entendê-la direito. É bem fácil cair num toque superficial quando é pra tocar leve… então você toca forte pra ganhar pegada.
Sem essas inversões o peru corre e tropeça…
Ou anda lento e esquece onde tá indo…
Ou pisa forte e parece que não sai do lugar…
Ou pisa fraco e realmente não sai do lugar.
(Nota: Totalmente iniciante no piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)